sábado, 30 de julho de 2016

Cada



Cada

Cada olhar teu
Em mim, meu em ti
Foi uma gota d´água
Límpida que eu li
Nos olhos, deságua
Em nós, nesse clamor...

Cada toque teu
E meu foi um céu,
A espelhar nuvens
De aurora ao léu,
Brilha nesses lúmens,
Que nos trouxe tremor...

Cada beijo teu
E meu foi uma luz;
Pedaços, grilhões
Desfeitos que pus
Todos aos milhões,
Na mesa do dispor...

Cada discussão
Nossa foi um dos testes
Dos quais não passamos,
Criação dessas pestes,
Que não nos amamos,
Levou toda dor...

Cada despedida
Nossa foi uma treva,
Que sombreava forte
Nossos corpos, rela
Também, nessa morte,
A morte do amor...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Entrevista à Ceiça Carvalho do Arca Literária

Entrevista minha à Ceiça Carvalho do Arca Literária (27/07/2016).

http://www.arcaliteraria.com.br/30746/



1. Fale-nos um pouco de você.
Eu sou um meditador.  Tanto no sentido que nós, no ocidente temos; meditar sobre um determinado assunto ou sobre um tema, quanto no sentido oriental: esvaziar a mente de pensamentos e conectar-se com o amor divino.  O enlevo é que traz as coisas celestes e esse enlevo pode vir pela arte, pela literatura, tanto quanto pela oração e pela meditação.  Só no enlevo podemos fazer a escolha certa, a escolha pela evolução espiritual.  Escolha que é livre, tem que ser livre, nunca por coação.  Como neossanyasin e católico eu me utilizo da arte e da poesia para atingir o enlevo, dentre outros objetivos, como a reflexão, o pensamento crítico ou apenas a fruição estética.  Acesse meu blog: Arte para enlevo . http://www.arteparaenlevo.blogspot.com.br .  Leio muito e gosto de futebol e vôlei.  Adoro traduzir textos antigos sobre espiritualidade do inglês para o português.  A sensualidade feminina me fascina muito. Gosto de ouvir música clássica, rock e new age.
2. O que vc fazia/faz além de escrever? De onde veio a inspiração para a escrita?
Sou artista visual e ilustrador, além de designer gráfico e web designer por formação.  Trabalho com poesia, contos e romance como escritor e também estou cursando a pós-graduação em Docência do Ensino Superior para me dedicar ao ensino.  A inspiração para a escrita veio pela coleção de história-em-quadrinhos de super-heróis na minha infância e juventude, primeiramente.  E também por algumas experiências em romance na minha adolescência no colégio em concurso e depois por conta própria.  Os jogos de RPG (Role Playing Game) e a atividade como anarquista – um período mais ou menos recente da minha vida que já passou – também me levaram a escrever.
3. Qual a melhor coisa em escrever?
Trazer à realidade os mundos e universos interiores, colocando para fora sentimentos, pensamentos, reflexões e meditações a respeito da vida e do cotidiano. Escrever é manter viva a conexão com todo o arcabouço histórico e literário do imaginário da nossa identidade como povo brasileiro e como cidadão cosmopolita que a globalização, embora tão nociva e destruidora em inúmeros aspectos, também permite, sob outros pontos de vista.
4. Você tem um cantinho especial para escrever?
Escrevo normalmente na mesa da sala de estar, da minha casa, embora eu tenha um espaço reservado e separado na área de entrada junto com o computador com mesa de desenho e pintura, junto com livros e materiais diversos.  A foto que eu envio é da mesa da sala de estar.
5. Qual seu gênero literário? Já tentou passear em outros gêneros?
Como poeta me situo num eu lírico em versos livres, geralmente. Gosto do romantismo e do expressionismo, trafegando por essas vertentes, bem como pela poesia social e espiritualista.  Gosto de Carlos Drummond de Andrade, nosso mestre maior.  Em contos e romances passo pelo inusitado e pelo insólito, bem como pelo texto simples e direto, espiritualizado e envolvente.  Gosto de Paulo Coelho, por exemplo.  Já escrevi ficção científica em contos e em prosa poética, que não é meu gênero literário favorito.
6. Fale-nos um pouco sobre seu(s) livro(s). Onde encontra inspiração para título e nomes dos personagens?
VOZES QUE CALAM é o resultado da minha seleção no Concurso da Editora Literacidade com a Coleção Sementes Líricas. Esse livro é composto por poemas de pequeno número de versos e bastante concisos com temas muito variados, mas com uma linha condutora nas vozes que muitas vezes se calam ou que calam outrem; vozes enfáticas e contundentes ou abafadas e sufocadas.  São as vozes mais necessárias.
OS ARCANOS é proveniente do Desafios dos Escritores, programa do Núcleo de Literatura de Brasília que eu participei pela internet.  O livro narra a aventura de um dia de vida do devoto caminhante Nonato Cardoso dos Santos que larga a esposa e o filho para ir até Juazeiro do Norte. Nessa cidade comemorava-se a procissão de Nossa Senhora das Candeias e a saga de Nonato por meio de visões e acontecimentos sobrenaturais o leva à santidade nesse dia.
A inspiração  para títulos e nomes dos personagens vem de dois aspectos que levo em consideração: pesquisa; em relação ao tema proposto e à sonoridade do título ou do nome e evocação pessoal; ao que me remete aquela frase, palavra ou nome.
7. Qual tipo de pesquisa você faz para criar o “universo” do livro?
Pesquiso ambientes, lugares e estilos de época relativas à história do romance que estou fazendo ou contos. Pesquiso uma linha norteadora de visão do mundo para poesia.  Muitas vezes, começo um texto “pela metade”; quero dizer que começo num diálogo ou no meio do poema ou num acontecimento no meio da história e daí, racionalizo e componho o final e depois o início, ou ao contrário, primeiro o início e depois o final.  Portanto, a minha pesquisa vai sendo direcionada, de acordo também, com esse recorte da criação.
8. Você se inspira em algum autor ou livros para escrever?
Inspiro-me muito em Paulo Coelho que é inclusive meu patrono na Academia Virtual de Letras, que eu participo na internet. Alexei Bueno e Cecilia Meireles na poesia.  Também gosto muito da linguagem seca de Graciliano Ramos. Com relação aos livros que me marcaram: Frankenstein de Mary Shelley , Macunaíma de Mário de Andrade,  o Pequeno Príncipe e Meu Pé de Laranja Lima; esses dois últimos que sempre esqueço de citar.
9. Você já teve dificuldade em publicar algum livro? Teve algum livro que não conseguiu ser publicado?
Minhas publicações são todas sob demanda no Clube de Autores. Somente esse ano, finalmente, consegui publicar de forma convencional pela Editora Literacidade, meu primeiro livro de poemas com ISBN, ficha catalográfica, tudo pronto, a partir do Concurso dessa Editora do Pará, capitaneada pelo grande Abílio Pacheco.  Antes disso, procurei e recebi várias propostas para publicação de editoras pequenas e médias, mas não pude acertar com nenhuma delas por impedimento financeiro, já que essas editoras precisavam que eu bancasse totalmente ou parcialmente a publicação.
10. O que você acha do novo cenário da literatura nacional?
A geração que estreou em livro nas primeiras décadas do nosso século XXI é muito diversificada. Gosto do Lourenço Mutarelli e do Michel Melamed. Mas tem muitos outros.  E são todos muito bons. 2/3 da população brasileira é analfabeto funcional, só 15% da população entre 20 e 60 anos de idade tem curso superior.  Vivemos um abismo social.  Nesse contexto vejo com bons olhos o nosso literário atual.  Poderia ser melhor, mas não é ruim.  Já tive uma opinião muito diversa dessa.  Acho que o tempo vai passando e a gente vai percebendo que nada é tão ruim que não possa piorar e nada é tão bom que não possa melhorar (risos). Enfim, é a realidade, temos que aceitar.
11. Recentemente surgiram vários pessoas lançando livros nacionais, uns são muito bons, outros nem tanto, outros são até desesperadores, o que você acha sobre este boom?
A facilidade e a difusão da internet permitem uma ampliação do conhecimento nunca antes vista. Tanto no sentido do conteúdo do que se escreve e do como se escreve quanto na editoração e na publicação desses escritos.  Todos tem voz e vez.  Isso é positivo, no meu entender.  Tem mercado suficiente, ao menos potencialmente, para o kitsch, para o misticismo barato e para obras de grande valor literário.  Tem literatura para todos os gostos, tanto para o leitor médio quanto para o leitor sofisticado.  Já fui muito mais crítico do que hoje sobre esse assunto.  Dizem que é a idade, a gente vai amadurecendo (risos) e aceitando certas realidades.
12. Qual sua opinião sobre os preços elevados dos livros nacionais?
Se você pensar que a educação, um bem universal, é tratado como mercadoria ou semi-mercadoria na nossa atualidade, podemos perceber que não há preocupação com a cultura, de maneira nenhuma. Na verdade, os preços dos livros nacionais refletem essa opção pela elite que o Brasil está fazendo. Hoje, não sou de direita nem de esquerda, sou de centro, sou centrista, mas é inegável que a política neoliberal tem aumentado a exclusão social grandemente.
13. Qual livro você falaria: “queria ter tido esta ideia”?
O Vencedor está só de Paulo Coelho. É um livro que foge um pouco do padrão do autor.  Ele narra o mundo do show bussiness, das celebridades e dos grandes negócios de forma espetacular.
14. Se tivesse que escolher uma trilha sonora para seus livros qual seria?
Fire de Kitaro, Esse tal de Roque Enrow de Rita Lee e Persuassion de Santana
15. Já leu algum livro que tenha considerado “o livro de sua vida”?
Frankenstein de Mary Shelley. É um livro aterrador e impressionante como está tão atual e novo, a cada dia que passa.  O cientificismo e a tecnociência ameaçam nos levar a um mundo sem ética nem valores e a criar monstros se não estivermos atentos.
16. Você tem novos projetos em mente? Se sim, pode falar sobre eles?
Gostaria de manter segredo sobre o que estou planejando, mas posso adiantar que estou trabalhando em contos e num romance, mas sem nenhuma perspectiva de término ainda. Fora isso, participarei de muitas coletâneas de poesia brevemente.
17. Você acompanha as críticas feitas por blogueiros nas redes sociais? O que você acha sobre isso?
Os blogueiros tem muito a contribuir para o nosso cenário literário e efetivamente o fazem. Gosto de alguns blogs, mas raramente acompanho.
18. Se pudesse escolher um leitor para seu livro (escritor, alguém que admire) quem seria?
Gostaria que o Lourenço Mutarelli lesse um livro de minha autoria. Gosto muito dos quadrinhos dele.
19. Qual a maior alegria para um escritor?
A maior alegria, sem dúvida, é ser lido. Cada vez que um  leitor(a) se emociona com o que o escritor(a) colocou no papel, ou na tela, é um novo alento para que continue seu trabalho.  Para mim, em particular, é uma vitória dupla porque minha formação é muito mais visual do que literária, mas talvez por causa disso mesmo, eu tenha enveredado pela literatura.  Se eu tivesse feito uma formação em Letras, teria ficado nas artes visuais, somente, contrariamente, não sei.  A imagem hoje domina e não tem como escapar.
20. Deixe uma mensagem a nossos leitores e para aqueles que estejam iniciando no mundo da escrita literária.
Agradeço a oportunidade à Ceiça e à Arca Literária de falar sobre meu trabalho. A mensagem que eu deixo é:  Leia sempre e aprenda sempre.  Não tenha medo de errar quando estiver escrevendo. Só no erro se acerta.  E não tenha pressa de publicar.  Tudo tem seu tempo.  Publicar só para dizer que publicou não quer dizer nada.  Tenha em mente que o bom texto aparece ao deixarmos fluir nosso imaginário mais íntimo, mais visceral e isso leva tempo.  Acredite que o trabalho do escritor é 99% de transpiração e 1% de inspiração.  Trabalhe sempre.

sábado, 16 de julho de 2016

Identidades irreconhecíveis

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor . Identidades irreconhecíveis . 




Identidades irreconhecíveis


Se eu não me reconheço no outro, no próximo, não me reconheço na minha própria pessoa também.  Partindo dessa premissa, podemos colocar alguns pontos de concordância e divergência quanto a esse “reconhecimento”.
Quando um estrangeiro vem nos interpelar a respeito de uma característica cultural ou linguística específica inexistente em sua própria língua ou cultura, precisamos nos utilizar de aproximações.  Se a palavra “saudade” não existe em língua inglesa, usamos algo próximo a “I miss you”, Te perdi ou “homesickness”, nostalgia.  Ambas as expressões são toscas nesse sentido, dirão muitos e, não correspondem à realidade da nossa “saudade” nem dão conta do que ela seja.  Mas é um começo...
Assim também ocorre quando estamos num abismo social entre uma classe e outra do nosso abrangente e amplo espectro nacional.  Para alguém inserido num contexto de violência extremada cotidianamente – numa favela dominada pelo tráfico de drogas, por exemplo – falar em momento de descontração não é a mesma coisa que falar dessa “descontração” para alguém num contexto de vida dito pequeno-burguês de classe média alta – num apartamento de condomínio fechado, por exemplo.  Para a primeira pessoa a descontração ou tranquilidade pode vir com uma catarse; num baile funk ou ouvindo um rap, ou ainda numa alegria momentânea do gol em estádio de jogo de futebol.  Para a segunda pessoa a descontração ou tranquilidade pode vir na audição de uma rádio que transmita música clássica – são poucas hoje em dia – ou mesmo nas práticas de yoga ou meditação.  Não vai aí nenhum juízo de valor.  Ocorre que são momentos distintos, nenhum melhor nem pior do que o outro, mas são distintos.
A catarse exigida para uma vida dedicada a uma atividade intelectual e com relativa baixa taxa de stress oriunda de violência física imediata é uma.  E a catarse requerida por uma vida pautada em regras rígidas de controle necessárias ao trabalho repetitivo e alienante e a uma exposição à violência física imediata todo dia, ininterruptamente, é outra.
Em geral, a violência que vivemos é “democrática”.  Hoje em dia, todos temos que conviver com esse cenário de terror de um modo ou de outro, nas grandes cidades, periferias ou regiões adjacentes aos grandes centros.  Mas há algo que nos une, além da violência, aspecto negativo por excelência.  A nossa humanidade, aspecto positivo por excelência.  Somos humanos e vivemos, melhor ou pior, da forma que podemos, em nosso cotidiano, absorvendo ou rejeitando os problemas que nos são apresentados.  Resolvendo ou deixando em aberto nossas diferenças, diversidades, o certo é que mais cedo ou mais tarde, tais “diferenças”, “diversidades” ou como queiramos chamar o abismo social que cria tantas especulações nas ciências sociais e filosofia desde Émile Durkheim até Zigmunt Bauman e até muito antes, com Platão e Confúcio, irão nos tornar presa fácil dos totalitarismos e fascismos de ideologias repressivas quando baixarmos a guarda da eterna vigilância que é o preço da liberdade, como já foi dito um sem número de vezes.
Estejamos seguros e fortes tanto para salvaguardar nossas individualidades quanto para ampliar nosso entendimento e compreensão do outro, do próximo.  Só assim poderemos garantir liberdades, autonomias e identidades próprias de um povo que vive a democracia.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/identidades-irreconheciveis-por-mauricio-duarte/

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Fogo



Fogo

Em ti espero, carne viva,
Para ter teu corpo,
Tua vontade, teu sexo,
Tudo que seja de tua
Vida, é meu também...

Também o que é meu,
É todo teu, num
Frenesi de excitação,
E emoção sem fim,
De beijos e encontros...

Gosto de te mostrar
Meu tesão, puro ardil
Da biologia que nos
Engabela a todos e, ah,
Como é bom...

Estou contigo
E isso me basta,
Fazer-te feliz em
Meio a nossa cama,
Lençóis e travesseiros...

Minha amada, te amo.
Teu é meu fogo, em ti
Meu é teu fogo, em mim
Adoro teu olhar,
Depois do nosso amor...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Meu Patrono Visto por Mim

Academia Virtual de Letras
Patrono; Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18



Meu Patrono Visto por Mim

Nesse texto pretendo frisar os livros de Paulo Coelho que mais me marcaram através de rápidas observações que pontuo.  São eles:

. O Monte Cinco
. Veronika decide morrer
. Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei
. O vencedor está só

O Monte Cinco é quase um relato bíblico e me recordo que comecei a lê-lo ao mesmo tempo em que lia também, o Evangelho Segundo Jesus Cristo do Saramago.  Como eu consegui conciliar as duas leituras não me lembro.  O livro me trouxe em detalhes à época do Profeta Elias e sua vida em torno do Divino Pai, do Divino Filho e do Divino Espírito Santo.  Para uma boa Lectio Divina (leitura orante da Bíblia) nada melhor do que essa história; fora isso, trata-se de uma grande narrativa, lindamente contada.

Veronika decide morrer narra as desventuras de uma moça que tenta o suicídio e é internada numa clínica psiquiátrica por causa disso.  Um livro muito intrigante que eu adorei, apesar de mexer um bocado comigo.  Sinto como se fosse hoje, mesmo tendo passado muito tempo de o ter lido, o frio na barriga cada vez que eu retomava a leitura.  Como em todos, ou na maioria dos seus livros, o autor traça inúmeras passagens espiritualistas ou de espiritualidade ao longo da trama.

Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei é sobre a aventura amorosa de um devoto católico que está prestes a se ordenar padre na igreja católica e uma moça que o encontra na Europa depois de anos sem se verem.  Os dois se apaixonam e ambos terão que fazer escolhas cruciais em suas vidas.  Quando li esse livro pela  primeira vez foi um exemplar emprestado da minha mãe e eu lembro que me impressionou muito a linguagem simples e direta que caracteriza o texto do Paulo Coelho.

O vencedor está só narra a saga de um dia no show bussiness e nos grandes negócios das elites em Cannes, onde top models, candidatas a atrizes, atrizes de verdade, atores famosos e atores nem tão famosos, empresários, estilistas e um assassino em série estão presentes num thriller de muita emoção, mas de contemplação espiritual também, como não poderia deixar de ser em se tratando de uma obra de Paulo Coelho.  Quando li o livro que ganhei de presente dos meus pais, num aniversário meu, senti a mesma sensação gostosa da leitura rápida e fluída pela cabeça, enquanto eu lia O Alquimista, muitos anos antes.

Deixo o link do vídeo em que o autor descreve momentos de criação e como eles ocorrem na vida de um escritor.  O vídeo está em inglês.  https://youtu.be/vKBOKLF3Ul8
Observação: Esse vídeo é disponibilizado no blog oficial do autor: http://paulocoelhoblog.com/




sexta-feira, 8 de julho de 2016

Meu espaço no Catálogo Online da Nossa Galeria de Arte, detentora da Medalha Tiradentes

Recentemente a Nossa Galeria de Arte recebeu a Medalha Tiradentes.

A Nossa Galeria de Arte tem uma história de sucesso e, mais importante, todos os nossos artistas fazem parte dela.
Para ver as obras e conhecer a trajetória artística de Mauricio Duarte acesse: http://www.ngarteprodutoracultural.com.br/galeria/artistas/mauricio_duarte.html


terça-feira, 5 de julho de 2016

Passarinho



Passarinho

Passarinho machucou
A asa, mal arremeter...
Ficou triste, até matou
Vontade de recolher
No ninho a amodorrar...

Tão logo veio a sorte,
Largou mão do azar, esse
Azar que trazia a morte.
A luz, mesmo que viesse,
Não podia nunca brilhar...

Quando voltou a cantar,
Passarinho se calou,
Encantado com o amar,
Tanto que, mesmo, sarou,
E pôs-se, livre, a voar...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)