segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Gratidão pela vida

Academia Virtual de Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio Duarte
Cadeira: 18



Apogeu poético
Modalidade: Moderno
Tema: Gratidão

Gratidão pela vida

Pedras n´água do rio
são como falsos desvios;
trazem alguns caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo do tal rio...

Também esses que perdem
gratidão pela vida;
trazem deles caminhos,
mas não impedem, assim,
o fluxo maior da vida...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


sábado, 28 de janeiro de 2017

O tempo

O tempo

 

É tarde quando se vai o tempo...
É noite quando volta, esse
tal tempo, amigo dos que sabem...
Não se pode deixá-lo passar...

Tempo que bate à porta, é...
O próprio, grande deus, só irá
quando for da vontade de
Cronos, para nosso bem geral...

Sua austeridade e poder são
potência, vontade, em sincronia;
realiza o homem ou destrói
esse mesmo homem, por fim...

O tempo vem e vai, mas suas
consequências se fazem sempre
presentes, nos mostrando o valor
desse inexorável, o tempo...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Minha tipografia



Minha tipografia

Minha atenção,
toda para ti,
como A é para B,
minha tipografia...

Minha emoção,
toda para ti,
como a linha final,
baliza o escrito...

Minha sagração,
toda para ti,
nessa iluminura,
ornamenta o livro...

Essas forças visuais
resvalam na moça...
no caracter... assim,
nas letras, em todas...

Como passa o vento,
levando embora
a poeira dos anos,
ao redor, em tudo...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Movimento cósmico



Movimento cósmico

Universos colidem... e se amalgamam
em grandes e inúmeras galáxias... rodopiam,
rodeadas por imensos quasares... energia
em suas fronteiras de luz que nunca terminam...

Mundos se formam... se desformam, num átimo.
Tudo que era, deixa de ser... também tudo
que não era passa a ser... num balanço de grande
monta que não para, sem começo nem fim...


Mauricio Antonio Veloso Duarte (Swami Divyam Anuragi)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Apocalipse motorizado*



Apocalipse motorizado*

Carros em meio ao asfalto quente
me mostram o quanto pode
e o quanto não pode vir
da tecnologia... ah!
A tecnologia! Essa
barafunda, escarcéu,
pajelança, a mixórdia
de todo dia e de lápides
dos gênios e suas equipes;
morreram para avançar...
Fazer avançar; humano...
Nunca avança, nunca há
suficiente ódio ou amor para
avançar... Carros em meio
ao asfalto quente me mostram...

*Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído . Livro por NED LUDD apresenta uma coletânea inédita de textos sobre a questão do automóvel como uma imposição social, discutindo seus 'efeitos colaterais' nefastos como poluição, dependência do petróleo, expropriação do espaço público comum e a exclusão social. Mais que uma abordagem teórica, o livro propõe ações práticas e soluções à libertação da humanidade dessa tirania. A coletânea é ilustrada pelo cartunista americano Andy Singer, cujo livro 'Cartoons' tornou-se referência nos movimentos anticapitalistas ao redor do mundo.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Simbologias

Leia o novo texto da minha Coluna no Divulga Escritor . Simbologias . http://www.divulgaescritor.com/products/simbologias-por-mauricio-duarte/



Simbologias


O símbolo é diferente do signo que, por sua vez, difere do índice, bem como este último difere do símbolo.  Também há diferenças entre o emblema e o símbolo.  A Bíblia é um emblema, de acordo com Helena Petrovna Blavatsky.
A cruz ansata é o símbolo da vida eterna, assim como o uroborus, ou a serpente que engole a própria cauda, num círculo, é o símbolo do infinito.
Os símbolos do passado parecem tão distantes e herméticos que nem se assemelham a algo terreno, muitas vezes.  De que servem a simbologia e seus múltiplos aspectos divinos e profanos para nós, habitantes do planeta Terra em nossa época atual?
A história religiosa e esotérica dos povos da Antiguidade era entranhada nos símbolos.  Nada havia relatado diretamente em palavras claramente porque temia-se que os acontecimentos narrados pudessem ser “evocados” no outro momento, o momento da narração.  Talvez, ou muito provavelmente, eles tivessem razão.  Meras curiosidades como o fato do círculo representar, muitas vezes, o Universo, o todo do Universo, podem ser considerados banais, hoje em dia, mas não era assim em outros tempos.
A cruz é, embora seja hoje considerada eminentemente cristã, um dos símbolos mais antigos já elaborados, ou até, o símbolo mais antigo já elaborado.  Segundo o místico Osho, a cruz representa o encontro de duas dimensões: a terrena, representada pela linha horizontal; e a divina, representada pela linha vertical.  A consciência do homem terreno se move de A para B, de B para C, e assim por diante, horizontalmente.  A consciência do homem divino, Jesus, se move de A para A1, de A1 para A2 de A2 para A3 e assim por diante, em profundidade ou em altura, verticalmente.  A cruz é o símbolo desse encontro entre o homem terreno e o homem divino.
Muitos outros símbolos foram elaborados em épocas remotas e continuam a serem cultuados e/ou utilizados em ordens místicas, sociedades secretas ou fraternidades doutrinárias; bem como por instituições religiosas exotéricas.  O que fica para nós é que o símbolo tem o seu valor implícito e pode abrigar, acolher, representar, significar determinado conceito, conhecimento, sapiência que “não pode”, “não deve” ou “não precisa” ser passado claramente em linguagem de prosa facilmente legível ou decifrável por todos.
Esperemos que as simbologias de nossas respectivas tradições espirituais e/ou religiosas possam nos trazer êxtase espiritual e sagrado, juntamente com sabedoria e providência divinas.  Sendo que nenhum símbolo existe ou se mantém durante muito tempo arbitrariamente. É de bom tom que os respeitemos devidamente.  E o maior respeito de todos possíveis é o conhecimento deles.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/simbologias-por-mauricio-duarte/

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Enganando



Enganando

Enganação
que engana muito,
é querer, assim,
enganar a
si mesmo, ledo
engano, porque
enquanto pensa
que engana outros,
não engana não...

Triste destino
do enganador,
de ter que, enfim,
enganar mesmo
ao tal, si próprio,
que acreditava
estar fora dessa
enganação...
Ó triste engano!


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Coluna Visuális - Revista Sinestesia


Visite a Revista Sinestesia e leia a minha Coluna Visuális que está estreando: 




Isabela - Aquarela da Artista Maria Cecilia Camargo
que tem o trabalho artísitico enfocado na Coluna.

domingo, 8 de janeiro de 2017

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A doença como norte não é o que precisamos

A doença como norte não é o que precisamos




Segundo Alan Watts em A cultura da contra cultura . Transcritos editados, um autor  antigo, é verdade, mas que continua atual, “ao que se refere à mente humana, sabemos tanto quanto sabíamos sobre a galáxia em 1300. [...] Nós não sabemos como a psicoterapia é feita, assim como não sabemos realmente como o gênio musical, artístico e literário é consumado.[...]” E a indústria farmacêutica lucra muito todo ano com medicamentos que, muitas vezes, não obtém resultados satisfatórios, ou pior, causam efeitos colaterais terríveis.
Existem, na verdade, vários tipos de saúde física e mental – e até espiritual, se levarmos em conta os chakras, a alma e o espírito.  Pelo menos as que são listadas na medicina ayurveda: Vata, Pitta e Kapha.  Em Uma visão ayurvédica da mente . a cura da consciência, David Frawley relata que a “inteligência (Buddhi) é o instrumento da percepção por meio do qual resolvemos as dúvidas e tomamos decisões.”  A mente (Manas), segundo o mesmo autor, é “o instrumento do pensamento em que alimentamos as dúvidas.”  Como diria um pajé sábio, a mente mente e só a mente-que-sabe sabe que sabe e não precisa mentir; justamente porque sabe.  Mas saber pela metade também pode ser perigoso.  E é, na maioria das vezes, eu acrescentaria.  Um provérbio zen diz: “Um monge que tem um satori vai para o inferno em linha tão reta quanto uma flecha.” Um satori é um estado de êxtase espiritual passageiro e que serve como etapa para trazer o adepto de volta ao ponto no qual veja e perceba que a sua mente normal é a mesma mente do Buda.  A única diferença é que Buda está acordado e nós estamos dormindo.  Entrelaçados e enredados numa imensa teia de Maya (ilusão) que nos dá a sensação falsa, totalmente falsa, de que estamos no controle.
Mas todos estamos nesse mar de ilusão.  Inclusive os médicos, farmacêuticos e todas as pessoas que trabalham na grande estrutura de produção e distribuição de remédios, por exemplo.
Já percebeu?  Na sociedade ocidental, de hoje em dia, todos ou quase todos, tem um medicamento do qual fazem uso frequente.  A razão disso é que fomentar a indústria farmacêutica dá trabalho para muita gente, inclusive indo do pesquisador que chefia a equipe onde nasce a descoberta da nova droga “que cura o caroço da sua orelha esquerda” até o atendente da imensa rede de drogarias espalhada por todos os lugares, que aliás, não para de crescer.
Somos uma sociedade doente, sem dúvida.  Mas esse fato só corrobora com outro fato; a saber, o de que o sistema sustenta essa sociedade doente e alimenta essa sociedade doente para que ela permaneça... doente.  Como diz a música do grupo de rock Titãs: “Miséria é miséria em qualquer canto. Riquezas são diferentes.”  Mal comparando, podemos dizer que doença é doença em qualquer lugar que prevaleça o bom senso.  Doença é um estado incomum, não natural do organismo, um sinal de que algo vai errado no organismo. Saúde, existem vários tipos de saúde.  Conforme o grau de sabedoria de cada um, conforme o grau de instrução de cada um e conforme o grau de possibilidade financeira de cada um.  Sem falar nos tipos peculiares ayurvédicos já citados.
Não acredito que a medicina preventiva envolvendo práticas como, de novo, ayurveda, alimentação saudável, vegetarianismo, meditação, tai-chi-chuan, acunpuntura, dentre outras, possam ter sido planejadas e elaboradas por acaso.  Não, há uma razão.  A razão é que o normal do nosso organismo é funcionar bem, saudavelmente.  E prevenir custa bem menos do que remediar.
O stress da vida contemporânea e a rapidez das informações que se sucedem à nossa frente, alimentam, sem dúvida, essa triste realidade: vivemos mal, vivemos doentes, desde o berço, passando pela juventude e vida adulta até a maturidade, velhice e morte.
Mas pode existir uma saída dessa situação.  Uma educação holística e ecológica seria o começo, o primeiro passo para uma vida saudável ou, ao menos, um sinal que pudesse nos mostrar o norte: a saúde.  Porque a doença como norte não é o que precisamos.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


Leia mais: http://www.divulgaescritor.com/products/a-doenca-como-norte-nao-e-o-que-precisamos-por-mauricio-duarte/

domingo, 1 de janeiro de 2017

Nem a arte visionária nem cultura nenhuma precisa disso



Nem a arte visionária nem cultura nenhuma precisa disso
Adoro a arte psicodélica. Sempre gostei. A cultura psicodélica é fascinante. Estar em viagem sem sair do lugar é tudo o que me restou, sendo medianamente "pobre" de classe média baixa. Eu gostava particularmente da música de Bob Marley e de algumas coisas experimentais do Sonic Youth, gostava de histórias em quadrinhos de Moebius e de arte visionária de Alex Grey, gostava de filmes de Godard e Luc Besson. Ainda gosto. E muito.
 Mas não gosto de ver o que está se fazendo com o braço político da cultura psicodélica ou alternativa ou qualquer que seja a definição que se dê. O libertarismo, usado como trampolim para projeto de poder alicerçado em "benesses" - que de benesse não tem nada - como a liberalização das drogas.
Muitos querem isso e para "isso", vale tudo, até posar de bom moço contra o Donald Trump - outro desgraçado, não tenho nada a favor do Donald Trump pelo contrário - a fim de ganhar votos para um novo partido político, o libertários. Amigos, não se deixem enganar.
Principalmente porque a arte visionária e a cultura psicodélica ou alternativa não precisam disso. Elas tem o seu valor independente de qualquer coloração política. Pense nisso. Paz e luz.

Estados alterados de consciência para a realização de arte visionária



Estados alterados de consciência para a realização de arte visionária
É possível alcançar os estados alterados de consciência, os EACS ou os ENOCS, estados não-ordinários de consciência a partir de técnicas naturais, como a meditação, o tai-chi-chuan, a yoga, a recitação, o mantra, a oração ou qualquer tipo de exercício espiritual sem recorrer ao uso de drogas de qualquer tipo. Muito mais relevante - e diverso da experiência com drogas - é este experimento. Não me refiro, obviamente, ao contexto do Santo D´aime e do Vegetal, contexto religioso e espiritual que possui toda relevância e importância tanto quanto à experiência espiritual em si, quanto ao alcance da visão em posterior realização de arte visionária.