quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Trecho do livro "CARAMURU" de autoria de Frei José de Santa Rita Durão

 Academia Virtual de Letras António Aleixo

Patrono: Frei José de Santa Rita Durão

Acadêmico: Mauricio Duarte

Cadeira: 39

Acadêmico Vitalício






"XL


Disse o grão-Chefe assim, e entre os furores,

Com a mão, que já tinha levantada,

Bate na espádua aos Príncipes maiores,

E dá-lhes Orfu dizendo, uma palmada:

Uns nos outros as deram não menores,

Que assim se incita a multidão armada:

Vinguemo-nos, (gritando) companheiros,

Bem que foram seus raios verdadeiros.


XLI


Jararaca depois (que é Sacro rito)

Lança furioso as mãos a quanto abrange;

E abrindo a enorme boca em fero grito,

E escuma, e freme, e ruge, e os dentes range;

Como do mal Hercúleo o enfermo aflito

A convulsão a retroceder constrange:

Depois falando aos Príncipes, bafeja,

E o espírito de força lhe deseja.


XLII


Cerimônia esta foi do pátrio uso,

Vestígio nacional da antiga idade;

Que acaso corrompeu mágico abuso,

Tendo talvez princípio na piedade:

Retumba do marraque o som confuso;

E pondo em alto o seu, com gravidade,

À insígnia, no chão tudo se inclina,

Como a final de cousa mais Divina.


XLIII


Corresponde o belígero instrumento

Da feral frauta ao bárbaro marraque;

E promulgando a marcha àquele acento,

Tudo em ordem se pôs ao fero ataque:

Marcham contra Gupeva, com intento

De meter nas cabanas tudo a saque;

E porque tudo assombrem com terrores,

Rompem o ar com bélicos clamores.


XLIV


Em tanto no arraial do bom Gupeva,

Sendo a invasão noturna rechaçada,

Convocam-se reclutas, fazem leva

De Tropa nacional, e da aliada.

Enquanto Diogo, a quem a ação releva,

Toma na gruta a pólvora guardada,

E em vários fogos, que arrojou volantes,

Imita o raio em bombas fulminantes.


XLV


Era a Bahia então, donde imperava

O bom Gupeva, povoada em roda,

Pelos Tupinambás, de quem contava

Trinta mil arcos, brava Gente toda:

Taparica seis mil valente armava;

E por cumprir-se a prometida boda,

Mil Amazonas mais à guerra manda:

Paraguaçu gentil todas comanda.


XLVI


Paraguaçu, que de Diogo Esposa

(Porque mais Jararaca se confunda)

Ia a seu lado a combater briosa,

Nem teme a multidão, que o campo inunda:

Usa com ela a Tropa belicosa

Da vulgar seta, do bodoque, e funda;

Leva a Amazona um rígido colete,

E co’a espada de ferro o capacete.


XLVII


Com estas forças só (que mais recusa)

Sai Diogo à campanha guarnecido,

Nem sofre a forma do marchar confusa;

Mas tudo tem com ordem repartido:

Outro corpo maior de que não usa

Deixa em guarda das Tabas prevenido;

Tupinaquis, Viatanos, Poquiguaras,

Tumimvis, Tamviás, Canucajaras.


XLVIII


Não mais de duas léguas adiantando,

O arraial se alojava de Diogo;

Quando o ardente Planeta vai queimando

A tórrida região com vivo fogo;

E enquanto expira no ar Zéfiro brando,

Buscando numa sombra o desafogo,

Medita a grande ação, mede o perigo,

Nem despreza por bárbaro o inimigo.


XLIX


Vê bem que espanto causa a invenção nova;

Mas que o tempo consome a novidade;

Tem fim um peito d’aço feito à prova;

Mas vendo do inimigo a imensidade,

Por mais que balas o mosquete chova,

Reconhece em vencer dificuldade;

Tendo notado já na bruta Gente,

Que era tão contumaz, como valente.


L


Pensava assim com reflexão madura,

Quando à roda do outeiro divisava

Densa nuvem de pó, que em sombra escura

A multidão confusa levantava:

Não cessa um ponto mais: tudo assegura,

E sem temer a turba que observava,

Marcha a ganhar o alto; e posto à fronte,

Deu à Tropa em cordão por centro o monte.


LI


Já se avistava o bárbaro tumulto

Das inimigas Tropas em redondo;

E antes que empreendam o primeiro insulto,

Levanta-se o infernal medonho estrondo:

Os marraques, uapis, e o brado inculto

Todos um só rumor, juntos compondo,

Fazem tamanha bulha na esplanada,

Como faz na tormenta uma trovoada."


Trecho do livro "CARAMURU" de autoria de Frei José de Santa Rita Durão

Epifania do cósmico


 



Academia Virtual de Letras António Aleixo

Patrono: Frei José de Santa Rita Durão

Acadêmico: Mauricio Duarte

Cadeira: 39

Acadêmico Vitalício


Epifania do cósmico


Um quasar e meio até aqui,

há anos-luz desse lugar,

nessa matéria escura,

estava o chapéu coco

dos palhaços circenses...


A nebulosa plena,

sua poeira, plasma e nuvem,

atingia a supernova,

em um arco voltaico

do mendigo na rua...


Logo após o big bang,

aquilo tudo rodou,

transformando-se em gás,

ao sabor das fronteiras,

numa verve de artista...


O universo se dobrou

em si mesmo, curvando

o seu tecido formal

ao tal soslaio de vista

dos transeuntes urbanos...


As estrelas, espirais,

se moviam em galáxias;

no sonho, este meu sonho

de guri suburbano,

esperando a epifania...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)


sábado, 25 de dezembro de 2021

"Poesia"

 



"Poesia"


"Vislumbrar toda a natureza do surgir de Deus é um dos mais bonitos dos nossos sentimentos. Esperar o verde e o variado manto que na época da primavera mostra-se na montanha e no vale, como vestimenta de Deus, é a poesia mais sublime. Aí não há sentimento mais divino do que aquele que ouve todos os pássaros de Deus cantando, e vê todos os poderes da natureza enquanto em sua terrível grandeza ou em seu plácido repouso, como no eterno presente do trabalho da Deidade. Para a alma pia, a natureza é o discurso de Deus; cada pequena flor surgindo da terra num memorial silencioso; os mal-me-queres e as margaridas, os sinos azuis e os jacintos, estão todos falando de Deus.

Esse é o casamento da religião e da poesia onde ambos são um penetrados pela presença da verdade e do divino. Onde o espírito poético está ausente, a natureza aparece como que numa massa morta, destituída de divindade, e apartada de Deus. Onde o espírito religioso é ausente ou deficiente, Deus está perdido na natureza, e o espírito da natureza sozinho permanece. Se este sentimento de pertença de Deus na natureza é tão comum à poesia e à religião, não será surpresa que encontramos o panteísmo nos nossos poetas, até naqueles em que os sentimentos religiosos são os mais incomuns.

As primeiras passagens que selecionamos são de Goethe. O credo de Goethe é escassamente conhecido. Ele é normalmente considerado um mero pagão, embora professasse ser um cristão. Goethe viveu quando Espinoza era revivido na Alemanha. Ele não escondia suas obrigações com o judeu português. Em sua autobiografia ele fala da delícia com a qual em sua vida de juventude leu a “Éthica” de Espinoza. A seca abstração da geométrica e metafísica, expansão do universo aparecia fresca e bonita para Goethe. Ele estava fascinado com o gentil e forte, e ainda assim, sublime espírito de Goethe. E então, essa doutrina de infinito se tornou tão charmoso que até Goethe estava disposto a dizer que Deus deve ser amado por sua própria conta, e sem recompensas a receber. Mas antes de Goethe ter encontrado o “Éthica”, que ele abraçou numa similar teologia, nós podemos ver dele essa passagem: “Para discutir Deus como a parte da natureza, é tanto difícil quanto perigoso. É como se nós separássemos a alma do corpo. Nós conhecemos a alma somente através do meio do corpo e Deus apenas através da natureza.

Desse modo, a absurdidade, como aparece para mim, é a de acusar àqueles da absurdidade de quem, filosoficamente, tem unido Deus com o mundo. Por tudo com que existe necessariamente pertence à existência de Deus, porque Deus é um ser cuja existência inclui todas as coisas. Não só a Sagrada Escritura contradiz isto, embora nós diferentemente interpretamos seus dogmas de acordo com suas próprias visões. Toda antiguidade, através desse caminho – viu isto com uma unanimidade com a qual, para minha mente, é de grande significação. Para mim, o julgamento de tantos homens fala altamente pela racionalidade da doutrina da emanação.”

No prólogo do Fausto, a segunda Pessoa da Trindade pronuncia uma benção. Ao invés desta forma semítica, “Possa o Espírito Santo” – o discurso correspondente filosófico é usado. “ Possa o que vem, o qual tem palavras e vive todo o tempo, abraçar você com os elos sagrados do amor.” Esse uso do que vem deve ser relatado aos filósofos hegelianos, mas é dito que Goethe nunca entendeu Hegel, nem tinha qualquer interesse no desenvolvimento do trabalho de Hegel. Em outra passagem, Mefistófeles diz a Fausto que ele é “uma parte da parte que no começo era o todo. “ – uma sentença blasfema, e como tal, destituída do espírito da filosofia bem como do espírito da reverência. Mas o orador é Mefistófeles. O espírito do mundo diz. –

Na abundância da vida, na tempestade do leito,

Eu movo para cima e para baixo,

Eu vou para frente e para trás,

Para o nascimento e para a sepultura,

Como o eterno mar

Uma luta constante

Uma ardente vida

Então eu crio do vociferar no luzir do tempo,

E visto o uniforme vivo da Deidade.

Fausto diz à Margarete, quando ela duvida de que ele acredita em Deus –

Quem se atreve a nomeá-lo?

E quem se atreve a conhecê-lo?

Eu acredito nele?

Quem pode sentir,

E presumir

Para dizer, eu não acredito nele?

O Um que abarca tudo,

O preservador de tudo,

Não tem ele que manter e preservar

Então, eu, a ele próprio?

O Céu principal não se sustenta por si mesmo acima?

A terra não se deita firmemente abaixo?

E as estrelas não parecem ascender amigavelemente?

Eu não comtemplei olho no olho isto

E tudo não ameaça cair

Nas cabeças e corações disto,

Nos telhados em eterno mistério

Invisível, visível, próximo disto!

Sinta com o coração dele, largo como é,

E quando se achar abençoado nesse sentimento,

Nomeio como quiser,

Chama ele de felicidade, coração, amor, Deus!

Eu não tenho nome para ele!

O sentimento é tudo!

O nome é som e fumaça,*

*Rodeando com névoa o ardor do Céu.



Na interpretação do Fausto dos primeiros versos do Evangelho de São João, nós temos a doutrina da criação.

Foi escrito – “No começo era o verbo.”

Aqui estou eu, esperando já, quem vai me ajudar?

Eu não posso possivelmente avaliar a palavra tão alto,

Eu preciso traduzi-la diferentemente,

Se eu for realmente inspirado pelo Espírito,

Foi escrito – no começo era o senso.

Considere bem a primeira linha,

Que a sua pena não saia de você.

É o senso que influencia e produz tudo?

Deveria ser: no começo era o poder.

Já agora até que eu estou escrevendo isto

Algo me adverte para não continuar.

O Espírito vem para minha doença. Uma vez eu vejo meu caminho.

E escrevo confidentemente. No começo era a ação.

Em alguns versos, intitulados “Deus alma, mundo”, Goethe diz,

Onde está Deus que apenas viu externamente,

E se voltou totalmente num círculo do seu dedo?

Começou a ele mover o mundo em seu interior,

Para compartilhar na natureza e a si mesmo na natureza;

Então o que quer que seja que vive e se move e está nele

Nunca deixa sua presença e seu Espírito.

Há menos teologia na poesia de Schiller do que na de Goethe. O seguinte extrato de uma de seus cantos é platônica, mas não extravagante. – O Universo é um pensamento de Deus. Após essa imagem ideal em sua mente queimou em realidade e no novo mundo criado no esboço do Criador – permita-me essa representação humana – porque a vocação de todos os seres pensantes redescobrir na existência toda linha original. Seguir da máquina para o seu regulador, do fenômeno para a lei da produção; da composição para as muitas unidades; e então traçar anteriormente a trajetória realizada no sue plano ou esquema é o maior trabalho da contemplação. A natureza tem, para mim, nenhum, senão um fenômeno – princípio pensante. A grande composição que nos chamamos mundo é apenas inesquecível porque é capacitada para indicar a mim, simbolicamente, as várias propriedades do Ser pensante. Tudo entre mim e, sem mim, é o hieróglifo de uma força, e é análogo ao meu próprio. As leis da natureza são os criptogramas os quais o ser pensante adotou para se fazer compreendido por outros seres pensantes.

Eles são nada mais do que o alfabeto que significa que todos os espíritos conversem com o Espírito perfeito, e uns com os outros. Harmonia, ordem, beleza, me dão prazer, mas me colocam no estado ativo de um possuidor, porque revelam a mim, a presença de uma razão e de um sentimento com esse Ser. Um novo experimento nesse reino da verdade; a gravitação, a detecção da circulação do sangue, a classificação de Lineu, são para mim, originalmente, apenas a mesma de uma antiga Herculano, ambas são reflexos de uma mente – nova adequação com um ser como eu. Eu converto com uma infinitude, através do órgão da natureza, através da história do mundo, e eu leio a alma do Artista em seu Apolo.”

Novalis tem sido mencionado como sendo um discípulo de Schelling e um líder da escola do romantismo. Como Schelling, ele não tinha um sistema definido. Suas doutrinas eram poéticas, místicas, extáticas. O desejo pelo Absoluto, é, ele dizia, universal. O espírito humano é atormentado com o desejo de retornar à sua terra nativa, do ser em si mesmo. Segue seus país em qualquer lugar. Quais são as saudades de um homem depois de um ser além de si mesmo – o que são todos as filosofias do mundo senão a emergência desse desejo de Infinito? “Em filosofia”, diz Novalis, “Eu mantenho uma conversa com meu verdadeiro eu, esse ideal e melhor eu, que é o centro solo do meu ser. Deus conversa com minha alma, e então, acalenta e fortalece minha alma, fazendo-a semelhante a ele. A natureza, também conversa comigo. É uma imensa e eterna conversa, ou de milhões e milhões de vozes, relatam a natureza, vive nela e se revela por ela, apenas ele vive e revela a si próprio no homem. Nosso eu entra numa relação vivencial e espiritual como ser desconhecido. Esse ser inspira-nos a nos tornarmos espirituais como ele é. Por essa inspiração nós vimos a conhecer que nosso eu é apenas o reflexo do que nosso eu é. Esse conhecimento é produzido em nós, no mesmo grau em que a falsa individualidade se desvanece. Então surge o Ser dos seres. Deus é verdadeiramente conhecido, quando não resta um inquirir do eu com uma resposta da alma mundo; o grande eu do universo.”

Novalis objeta o envolvimento de Fichte de todo eu individual. Nós devemos começar antes, colocando nosso eu à morte, e esse suicídio é o que nos trará a verdadeira vida. Então, dever ser aberto a isto, a vida do universo, a vida de Deus, e deve viver de novo no universal e perfeito eu. “Nenhuma sombra mortal recobre minha cortina” diz a inscrição no templo da deusa Sais. “Se nenhum mortal”, ora um de seus discípulos, “foi capaz de encobrir a cortina da deusa, então nós devemos nos tornar imortais, para que aquele que não cobriu sua cortina, não seja um verdadeiro discípulo.”

Alguém sucedeu – ele levantou o véu da deusa em Sais.

Mas o que ele viu? – ele viu, maravilha das maravilhas, a si próprio.

As seguintes linhas são do Wieland, Hino a Deus: -

Grande o celeiro da arte então! Como inescrutável trevas

Cobertas do homem (de que é feito) de pó.

Grande arte! Nós somos como sonhos

Aquele que com o fôlego da manhã, mais acima da cabeça dele que dorme.

Essa premissa embala os mundos em sua obediência

Farol do cometa de enormes distâncias. O enviado, Ó Criador

Um raio de luz, com o qual se vai, na profundidade.

E eternidade solitária deixada em beleza espiritual

Todas as ideias antes dele, manifestadas apenas por seu sinal.

Clamando os rivais para a vida, e para quantos ele se volta;

Ali, eles estavam. O imensurável, como ele se parece ao longo

Vindo das esferas que surgem; o querubim que vem

Todo criado, nele, seu hino,

Mas seu vigor é mais ardente do que a alma humana quando ensombrecida pelo seu ser,

Ele recebe então, ò Deus! Com todas essas asas estendidas,

E com todos os seus pensamentos no mistério

Verdade, Ò Deu! É o seu corpo, a luz do ar com sua sombra

Grupo que vem da criação. Eu tomo emprestado as asas de um Serafim

(E) Voo ate as bordas do Céu para achar o trono do Rei,

Mas as esferas dizem – nós nunca o vimos,

E o profundo – (disse) – ele não está em mim. Então, sofejar um fôlego,

De voz etérea, na minha alma ouvinte

Ele murmurou ao meu pensamento: Aquele cuja alma

Está em todo lugar! Seu braço abarca o universo;

Ele olha todos os pensamentos dos espíritos. O que é manifestado vem à tona

Algo divino. Tudo aquilo eu se move fala dele,

Das canções do Céu às canções do cantor no meridiano,

Ou o murmurar do zefir, que pasta ao longo dos campos.

Para pensar nele é o que continuamente atravessa o mais profundo pensamento

De todo habitante do Céu, eles irão aparecer para sempre.

Estes são de Rückert – “Sabedoria dos brâmanes”

Pensamento, também, produz o mundo todo,

Isto, ò idiotas! Que Deus tem pensamento, não o que ele pensou.

Então, pense nisto, mas não da conta do que o mundo traz;

E, sem o seu pensamento, isso passa.

Fora do Espírito o mundo vai, e, no Espírito, vai de novo.

Deus é o grau fora do qual o mundo vem, e

com o qual, tem feito seu círculo, ele retorna.

O Espírito é vital, a natureza é total;

Ela floresce até que sinta o que a primavera tem para ela.

A mente deseja acalantar sua criança

Dos raios através do declive da sua casa.

No maior sentimento em si próprio ( nessa toda arte) infinito, e, ainda, finito

Externamente, e toda arte incompreensível em si próprio.

Entenda; infinito e finito, o que aparece a ele

Tão irreconciliável, é reconciliável ao Um.

Essa arte se torna, não ainda do que se torna,

E tudo se torna, é uma contradição em si mesma.

Quando eu venho, quando eu vou, Eu não sei.

Apenas esse é o meu confiar – de Deus para Deus.

M. Claudius, num belo poema de verão, faz Frau Rebecca falar às suas crianças: -

A violeta, esta árvore coberta de flores

Que estende seus ramos

São, Ò filhos! O bem de sua vestimenta

Que o cobre de nossas vistas.

Os trabalhos poéticos de Lamartine estão cheios de sentimento panteísta. Esse é da La Prière em Meditações poéticas:

Salvação, princípio e fim de si mesmo e do mundo!

Então aquele que com fulgor rendeu imensa frutificação,

Alma do universo, Deus, Pai, Criador,

Sobre todos esse nomes diferentes eu acredito neles, Senhor,

E sem ter necessidade de ouvir sua palavra,

Eu li na face dos céus meu glorioso símbolo.

Extensão revelada ao meu olho com graça,

A terra em bondade, as estrelas por seu esplendor.

Então a si próprio produz arte em seu brilhante trabalho!

Todo o universo inteiro reflete sua imagem

Meus pensamentos abarcando seus diversos atributos.

Em qualquer lugar à volta os descobre e os adora;

Contemplando a si próprio, e, ainda, os descobre:

Então o dia que a estrela brilha nos céus,

É refletida nas ondas, e é pintada no meu olho.

É um pouco como acreditar neles, bondade,

Eu os sigo em todo lugar, eu os aspiro, eu os amo!

Minha alma é um raio de luz e amor,

Qual, destacado de seu divino outro por um dia,

Consumido com desejos devoradores vindos deles,

Queima para reacender seu fogo buscador.

Eu respiro, eu sinto, eu penso, eu os amo!

Esse mundo com o qual concerne é transparente para mim

Ele é quem eu abençoo em toda criatura.

Para abordá-los, eu os tenho nos desertos:

Lá, quando o dia de feriado, esperando no veio do ar,

Aberto o horizonte com o qual colore o dia radiante.

E mostra as montanhas as joias da queda,

Para mim é o fulgor que vem do seu divino ser,

Aberto o mundo e se espalha pelo dia.

Essas linhas são do poema “Dieu”, endereçado a Abbé Lamennais: -

Como uma mudança de água no oceano profundo,

O Infinito é o seio que absorve meus pensamentos;

Lá, a rainha do espaço e da eternidade,

Lida com mensuração de tempo e imensidade,

Para abarcar o nada, para correr pela existência

E para conceber a inconcebível essência de Deus

Mas tão logo eu queira vislumbrar o que eu sinto

Toda palavra expira em esforços vãos

Minha alma acredita no que ele fala; meu estilo

Se choca com o ar com sons; sombras do meu pensamento.

Ele é, tudo é nele: imensidade, tempos

São puro elementos do seu ser infinito;

Espaço é sua vontade – eternidade sua idade;

O universo inteiro subsiste pela sombra da sua mão

Como um rio com afluentes imensos.

Escapar dele, e retomar ao fim onde tudo começou.

Como a si próprio sem fronteiras, eu, trabalhos perfeitos

Abençoados como são produzidos, a mão que os fez;

Ele sopra pessoas infinitas cada vez que respira;

Para ele sem sombra, sem fraqueza,

É uma vez poder, ordem, equidade, sabedoria.

Ele é o fim de todas as coisas, ele sozinho é suficiente a si próprio.

Além! Além o Deus que todo espírito adora;

Que Abraão serviu, que Pitágoras sonhou,

Que Sócrates anunciou, com quem Platão conversou;

O Deus que o universo revelou à razão,

Que a justiça espera, quem os desafortunados esperam,

De quem Cristo veio mostrar ao mundo;

Essa não é a divindade fabricada pelo homem,

Aquele Deus doente explorado por impostores,

Aquele Deus desfigurado pelas mãos de falsos príncipes,

E sim o Deus que nossos crédulos ancestrais cultuavam

Ele sozinho é, ele é o um, ele é suficiente, ele é bom.

A terra vê seu trabalho, e o céu conhece seu nome.

Infinito com,

Infinito sem, criação

O interminável espírito que contém

Sua natureza apenas de Deus.

Seu Deus é a alma, vida ou atividade de natureza.

Através do variado e eterno mundo,

A alma é o único elemento, o bloqueio

Que para as imortais eras tem permanecido

O inamovível pilar com o peso de uma montanha,

É o ativo espírito vivo.

Espírito da natureza! Aqui!

É a interminável selvageria

De mundos, com o qual a imensidade

Até soando como atração em choque.

Aqui é o templo todo,

Não ainda o mais brilhante

Que passa pela brisa fresca

É menos instinto do que eles.

Não ainda o calor sem razão

Que bate nos sortudos e bate nos mortos

Menos compartilhados pelo respirar eterno

Espírito da natureza! Nosso!

Imperecível em sua cena,

Aqui é o templo todo.

Através dessas orbes infinitas de meia lua luz,

Com as quais a terra é um, é amplamente difundida.

Um espírito de atividade e vida,

Que não sabe nenhum termo, cessação, ou declínio;

Mas ativa, rápida e eterna, permanece

Guia as forças do vento, nas tempestades,

Joga no dia, assoprando nos bálsamos,

Forte em saúde, e venenos em doença;

E a tempestade da mudança, esse sem cessar

Rola ao redor do universo eterno e balança

Seu batalhão, preside,

Aportando com lei irresistível,

O lugar de cada primavera que a máquina possa achar.


Nas seguintes linhas o “espírito da natureza” parece se identificar com “necessidade”:

A alma do universo! Primavera eterna

De vida e morte, de felicidade e vontade

De todos os jogadores, a cena fantasmática

Que flui antes em nossos olhos em ondas de luz,

Como gemas, mas nas trevas da nossa prisão.

Aqueles muros

Nós sentimos, mas não podemos ver.

Necessidade! A mãe do mundo!

A menos que o Deus do homem errasse.

Não precisa não, de oradores nem de orações.

Shelley nega que ele “defina o princípio do universo.” Ele chama a Divindade de um Espírito pervertido, co-eterno com o universo; e ainda inconscientemente como ele era, possuindo vontade, e com o qual a sabedoria do mundo possui sua felicidade, a sua harmonia: -

Espírito da natureza! Nossa

Vida de interminável multitude;

Alma de poderosas esferas

De quais mudanças o caminho para o céu silenciosamente permanece;

Alma do menor ser,

A habitação de qual vida

É um em abril, banhado pelo sol –

O homem, como essas coisas passivas,

Irá inconscientemente se totalizar:

Como eles, sua idade é fora do tempo da paz,

De que tempo é mais rápido amadurecer,

Irá inteiramente vir;

E a estrutura abandonada, que nos invade,

Será sem nenhuma brecha

Casado com sua perfeita simetria.

Alma natural

Isto formou a Terra tão belamente, e se espalhou,

Encobre a Terra em plenitude, e a menor vida afinada,

Forte em união imutável, que dá

Aos felizes passarinhos sua habitação no pequeno bosque;

A apresentação das maravilhas do profundo,

O silêncio só do principal inamovível,

E alimenta a principal minhoca que come a Terra

Com espírito, pensamento e amor.

Do “Ensaio no homem” de Pope é dito que foi escrito para advogar a doutrina de Leibnitz, como eles foram feitos conhecidos de Pope por Bolingbroke e Shaftesbury. Com o que Pope disse das leis naturais e da perfeição do universo como uma máquina divinamente constituída, há muito de Leibnitz, mas Leibnitz não teria sancionado:

Tudo é nada mais do que partes do inteiro estupendo,

Daquele corpo da natureza que é, e Deus a alma;

Que, mudando através de tudo, e ainda do mesmo modo,

grande na Terra, como uma estrutura etérea;

Quente no sol, se refresca na brisa,

Cresce nas estrelas, e no seio das árvores,

Vivendo através de toda vida, se estende através de toda a extensão,

Espalhando união, opera sem ser comprado,

Respira na sua alma, informa sua parte mortal,

Como tudo, como perfeição, num cabelo como coração;

Como tudo, como perfeição, em vilões de homens que aparecem,

Como o rapto seráfico que adora e queima:

Para ele nada, nem menos, nem grande, nem pequeno;

Ele se totaliza, ele enche, conecta e equaliza tudo. Nem isso,

Um todo estendido, alma preservada

Conecta cada ser, maior do que o último,

Feito besta na ferida do homem, e homem de besta;

Tudo servido, tudo para servir; nada permanece sozinho

A cadeia abarca, e onde termina, é desconhecido.

Como imanente, a sempre presente alma na natureza foi justamente o que Leibnitz enfaticamente recusou admitir.

Thomson, em seu “Hino às Estações”, tem belamente colocado impessoalidade e personalidade a Deus:

Esses, como eles mudam, Pai Todo-Poderoso! Esses

São nada mais do que Deus variado. O ano rola

Cheio disto. Presente na primavera agradável

Eles belamente andam, com amorosidade, com amor.

Sevalgemente, cheio de vida, brilha nos campos, o leve ar é um bálsamo;

As montanhas ao redor em eco; a floresta ri;

E todo o senso e todo coração é alegre.

Então vem a glória nos meses de verão,

Com luz e cor refulgentes. Então o sol

Brilha, perfeita luz, através do ano adorável;

E então sua voz de morte fala como um trovão;

E como numa queda, profundamente, ou em queda,

Por quedas e bosques, em galés grandemente expelidos,

Então brilha em outonos nunca encontrados,

E espalha uma festa por toda a sua vida.

No inverno terrível! Com nuvens e tempestades

Ao redor de tudo! Tempestade, a tempestade rola,

Trevas majestosas! Nas asas do vento

Sublimemente rodando, o mundo adora,

E a natureza com o pé de vento do norte.

Na conclusão do seu hino, o poeta vem com uma sublime expressão de “tudo pelo melhor”:

Deve o destino me comandar para a margem não distante

Do verde da terra, aos longínquos climas bárbaros,

Rios desconhecidos da canção, quando primeiro o sol

Surgiu em montanhas indígenas ou apareceu em flores nas ilhas Atlânticas, até não/ /ter nada comigo,

Desde que Deus esteve sempre presente, sempre sentido,

Na voz perdida com a cidade cheia!

E onde o sopro vital foi alegrado.

Quando mesmo por fim, a solene hora deve vir,

E as asas do meu voo místico para mundos futuros,

Eu obedecerei; há, como novos poderes,

De surgir maravilhas cantando. Eu não posso ir

Onde o amor universal não sorri ao redor,

Sustentando todas as orbes, e todos os seus sóis,

De onde veem o mal ainda eduzindo o bem,

E melhores de novo, e melhor ainda,

Em infinita progressão. Mas eu perdi

A mim mesmo, na luz inefável:

Venha, então, silêncio expressivo! Cante sua prece.

Cowper não quis dizer-se um panteísta quando escreveu


Há vidas e trabalhos

Um Espírito em todas as coisas, e esse Espírito é Deus.

John Sterling esteve uma vez na companhia de poetas, conversando, e alguns eram cristãos. Um cavalheiro dizia de Wordsworth, que ele era poeta cristão. “Não”, disse John Sterling, enfaticamente, “Wordsworth não é cristão. Ele não é nada mais do que um membro da igreja panteísta da Inglaterra.”, para marcar que ele pertencia à essa igreja, cuja tendência é localizar a Deidade; ele consagrou templos e catedrais nesse lugar especial. O panteísmo de Wordsworth é encontrado em algumas passagens na “Excursão”, mas especialmente nas linhas do Abbey Tintern.

Eu tenho sentido

Uma presença que me perturba com alegria

De elevados pensamentos, um senso sublime

De alguma coisa muito profundamente difusa,

Cujo brilho é a luz de vários sóis,

Que margeia o oceano e o ar vivo,

E o céu azul e sua mente do homem,

Uma noção e um espírito que impelem

Todas as coisas pensantes, todos os objetos de todos os pensamentos,

E vibra através de todas as coisas.

Seu platonismo, ou crença na pré-existência das almas, é encontrada em suas bem conhecidas linhas,

Nosso nascimento é nada mais do que um dormir e um esquecer;

A alma que surge conosco, nossa estrela de vida.

Tem lugar em qualquer lugar,

E um cometa de arfar;

Não em total esquecimento;

Nem em total mudez,

Mas vindo em nuvens de glória, nós vimos,

De Deus que é nossa casa.

Coleridge tem essas linhas:

Pai da terra e céu,

Toda cônscia presença do universo,

Vasta natureza, energia, sempre agindo,

Sua vontade, então, impulsiona o tudo em tudo.

E de novo - -

E o que é o que se em toda natureza animada

É nada mais do que harpas orgânicas divinamente colocadas,

Essa força em pensamento, como em ondas,

Vagas e vastas, uma brisa intelectual,

Uma vez a alma de cada um, e Deus de todos?

Esse soneto é de Henry Kirke White:

O que é a arte, então o poderoso Um, e onde ficou?

Então, o mais calmo dos lugares,

E este urso com grandes patas

Os trovões terríveis e os relâmpagos fortes.

Ficam na escuridão no carro da nuvem e vento

Guiando a tormenta nordeste à meia noite;

Ou na asa vermelha que logo vem

Perturba o sono do gigante da Índia

No grande silêncio da Espanha polar.

Devo repousar? Ou na solitude

Onde a solitária caravana,

Ouvir gritos noturnos do tigre faminto?

Pensamentos vãos, o confinam nesse trono para traços,

Que crescem através do espaço sem fim.

O soneto de Mr. Matthew Arnold “A divindade” pode ser interpretado como que beirando o nosso tema.

A divindade

Sim, escreve na rocha, “São Bernardo, disse

“Coloque na pena adamantina

Isso, Deus, ele mesmo, tornou-se o aparente quando

A sabedoria de Deus e a bondade de Deus, foram disponibilizados,

Deus desses tributos foi feito.”

Bendito pelo Santo impetuoso, e do homem.

Cativo sufrágio; agora, não um em dez

Chama o obscuro opressor que ele vê*

*Gilbert de La Porrée, no Conselho dos Rheims, 1148.

A sabedoria de Deus e a bondade de Deus!!!

Confundem isso com o que Deus não é mais conhecido.

Sabedoria e bondade, elas são Deus! – o que as escolas

Tem ouvido essa simples chamada?

Não há prece de santo e nem regra de igreja;

Desde o deserto, agora e aqui, sempre.

Mr. Arnold coloca essas palavras na boca de Empédocles:

Empédocles no Etna

Todas as coisas o mundo encheu

Mas uma só é.

Aquela cuja trilha sempre será,

Com a qual o trem vem, uma;

Um com o qual o poder laboral todo,

Que pensa o peso e a distância.

Da terra, e do ar, e do mar,

No homem, nas plantas, e nas pedras,

Perpetuamente,

E traz gemidos e lamentos;

Bem como traria todas as coisas, mas

Às vezes falha na força.

Mr. Tennyson tem um poema chamado “O maior panteísmo”.

O maior panteísmo

O sol, a lua, as estrelas, os mares, as montanhas e os planetas –

Não são esses O Espírito, a visão dele que reina?

E essa visão não é ele? Não é o que ele faz?

Sonhos são verdadeiros quando são os últimos, e nós não vivemos em sonhos?

Terra, essa estrela sólida, esse peso do corpo e do limbo,

Não são eles sinal e símbolo do que foi a divisão dele?

Escuridão é o mundo disso. Ele mesmo, arte e razão, porque:

Para ele não é nada senão o poder de sentir “Eu sou eu?”

Glória sobre isso, sem isso; e cheio do destino,

Fazendo-o quebrar grilhões com esplêndida força.

Falar dele que ouvimos, o Espírito com o Espírito pode encontrar

Próximo é do seu sopro e, perto das mãos e pés.

Deus é a lei, diz o sábio: O Espírito em tudo, diz o idiota;

Por tudo que nós temos poder para ver num forte e cheio lugar;

E o ouvido do homem não pode ouvir, e o olho do homem não pode ver;

Mas se nós pudéssemos ver e ouvir, essa visão – não seria Ele?

O “Festas” de Bailey tem algumas linhas panteístas.

O mundo visível

É como a natureza de Cristo. Deus, o realizador

Da matéria feita, em si manifesta;

Todas as coisas são formadas de todas as coisas, tudo de Deus

Um mundo

É nada mais do que, quem sabe, um senso de Deus, com o qual

Ele pode explanar sua natureza e receber seu prazer.

A poesia religiosa – que é, nosso hino literário – é peculiarmente destituída de sentimento. Esses versos nos hinos de Wesley, são uma abordagem que evocam o místico:

Ah! Me dê isto para conhecer,

Com tudo o que os santos podem;

Vêm com minha alma em compasso;

Para viver e movimentar;

Enche com a Deidade,

Toda imersa e perdida no amor!

A seguir, vem mais para nosso propósito: -

Nesse nós nos movemos: todas as coisas disso

Estão cheias, essa busca e vida de tudo;

Então vasto e fantástico mar!

(Todo prostado, perdido na maravilha, caído)

Os filhos dos homens, para Deus é o homem.

Tudo pode; nós perdemos, então nós ganharemos.

Esse hino parece ser uma tradução do hino de Tersteegen na “Presença de Deus”. A tradução literal é –

Ar, com o qual respiramos tudo,

Onde nós sempre nos movemos;

Chão e vida de todas as coisas!

Mar sem limite ou beira,

Maravilha de todas as maravilhas,

Eu afundo-me nisso,!

Eu nisso,

Em mim.

Deixe-me inteiramente imiscuído

Para ver e achar apenas isso.

Foi impossível para Wesley traduzir isto literalmente para ser cantado por congregações inglesas. Pelo “ar com o qual respiramos tudo”, ele escreveu, “nele nos movemos”. Isso tem a sanção de São Paulo, mas nas próximas palavras, “Todas as coisas disso estão cheias”, é o mais familiar sentimento dos poetas gregos e romanos. Se a terceira linha é interpretada como sua original, “O Deus é o homem”, é nada mais do que verdadeira e maravilhosa do que converge em “o homem é Deus”, “Eu nisso” e “Isso em mim”.

O poeta americano Bryant é um pouco panteísta, como Cowper, ele escreve –

A arte em asas leves

A corrida ao longo dessas árvores

Na música, em arte, no sopro,

Que na maior escuridão desse lugar

Vem com sentimento estarrecedor – o chão

O maior chão, tem tudo instinto.

A flor da floresta,

Com sopro e se parece com um sorriso

Parece, como muitas edições disso,

Uma emanação da vida escurecida,

Uma chave visível de amor elevado,

O que é a alma desse selvagem universo.

Ele descreve a criação como –

As margens visíveis do sorriso dele,

Para as veias de cujas nossas lâmpadas crescem deles.

A seguir, algumas linhas do “Wood Notes” de Emerson.

O pé de pinhão canta –

Eu vou dizer esse canto mundano;

Tão velho quanto eu, de inúmeros contos,

Mudança: eu devo, mas não posso.

Hitherto, todas as coisas rapidamente param,

Seguramente ancoradas, do soçobrar da tempestade.

Tempos terríveis retornam rapidamente

Tudo para ir e tudo para queimar.

Todas as formas são fugidias,

Mas as substâncias sobrevivem,

Todo frescor, a criação do pão,

Uma improvisação divina,

Do coração de Deus procede,

Uma única vontade, um milhão.

Uma vez dormindo o mundo, um ovo de rocha.

E pulsa e canta uma luz onde não havia nenhuma,

E Deus disse: “Troveje” e houve o movimento,

E a vasta massa se tornou o vasto oceano.

Fora e dentro o Pan eterno,

Que criou o pleno incessante do mundo,

Nunca criou em uma forma,

Mas sempre escapa,

Como onda ou flama em novas formas,

De gemas e ar e plantas e minhocas,

Eu hoje sou um pé de pinhão

Ontem fui um punhado de grama.

Ele é livre e libertino

Proporcionando seu poder no vindouro,

Para toda idade e toda raça,

Na cheia e idade

Em cada uma e em toda

Realizador e original

O mundo é o anel do seus feitiços

E o jogo dos seus milagres.


* *



Então procurou no globo e na galáxia,

Ele escondeu em pura transparência,

Então perguntou em fontes e fogueiras,

Ele é a essência que questiona;

Ele é o x da estrela;

Ele é a faísca da chispa;

Ele é o coração de toda criatura;

Ele é o significado de cada tema;

E sua mente é o Céu;

O que tudo embala mais profundamente, mais alto."


Livre e diletante tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Capítulo XIV . Poesia

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