Arte-enlevo
A arte-enlevo considera que toda
peça de arte que possui temática, meios, estilo e/ou composição que facilite,
exponha, expresse e/ou leve à catarse espiritual ou contemplativa ao
observador, espectador é arte-enlevo. A
catarse é o primeiro passo para o ato meditativo. O homem e a mulher contemporâneos não se
sentam para meditar e o conseguem sem catarse, sem expressar e botar fora toda
loucura, todo o stress, toda a ansiedade do mundo atual.
Também leva em conta que o autor, o criador se
resguarde e tenha consciência (konspiro de konscienco – conspiração da
consciência) de algum modo, em algum momento, se for da compreensão estética do
artista, que existe o estado de satori, que é falso, alcançado muito facilmente
por quem cria arte, porque para num primeiro plano. A catarse, em si mesmo, não é de modo algum
prejudicial ou negativa. A catarse é uma
etapa para o ato de meditar, nada mais e nada menos. O espectador não sofre nenhum risco ou
perigo. Mas o artista que se dedica de
corpo e alma a sua arte precisa tomar cuidado com o satori, que é um lampejo da
iluminação e que é falso. A iluminação
verdadeira só é alcançada em todos os planos e envolve a Kundalini, o enlevo da
Kundalini.
A
rigor, qualquer atividade humana, ”profissionalmente” levada a sério, pode
possibilitar o satori se for realizada de corpo e alma por um indivíduo, mas os
artistas têm maior propensão a que isto ocorra justamente por conta da
dedicação exclusiva em todo grau, nível e dimensão que a sua arte configura na
vida do pintor, escultor, gravador, escritor, poeta, entre outros.
Mauricio Antonio Veloso Duarte (Sw. Divyam Anuragi)
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