sábado, 1 de junho de 2019

A religião egípcia

Religião Egípcia - por Maurício Duarte



A religião egípcia


Os deuses de uma nação tomam suas características do clima do país e das condições e características das pessoas. Tão verdadeiro é isso, que onde deidades estrangeiras são adotadas, elas se tornam, naturalizadas e embora grandes sejam as afinidades entre os deuses de diferentes nações, toda nação tem suas peculiares deidades. Nós notamos, primeiro, a diferença, mas quando passamos pelas características exteriores para a realidade interior, nós encontramos, indo mais próximo, até descobrir o princípio no qual elas tem uma origem comum.
Todos os grandes sistemas de religião que prevaleceram no Ocidente, tiveram sua fundação na doutrina da emanação. Por um lado, elas são o culto de um ser infinitamente grande; por outro lado, o culto dos atributos desse ser como tem sido visto ou simbolizado na natureza. Elas são diferentes formas de consciência de Deus no homem e mesmo quando a forma é muito diferente em substância, elas são semelhantes.
O supremo deus dos persas repousa na luz; mas o supremo deus dos egípcios repensa na mais profunda escuridão. Há um sphinx na ponte do templo: ele fala uma adivinha, ele proclama um mistério. Dentro do templo há estátuas de homens jovens, que intimam, com eloquente discuro, que o nome de Deus é secreto, diretamente profano, não a eternidade divina. O deus incompreensível deve ser adorado em silêncio; nós não devemos falar dele a não ser com palavras de solene reverência. É permitido a nós, sentir a sua presença e saber da verdade da sua presença; mas o amuleto de Ísis, a voz da natureza, é sozinha, o discurso verdadeiro de deus. O que é ele? Ninguém pode dizer. Seu símbolo é um globo ou uma esfera, por isso, ele não tem começo nem fim. Sua duração é eterna, seu ser, infinito. Ele está presente em todas as coisas – seu centro é aqui; sua circunferência não está em nenhum lugar. Nós podemos chamá-lo Amon, mas isso apenas quer dizer que ele está escondido ou velado. Nós podemos chamá-lo por nenhum nome real, porque nenhum nome pode expressá-lo. “Chame-o por todos os nomes.” disse Hermes Trimegistus, “porque ele é um e todas as coisas; por necessidade, todas as coisas tem que ser chamadas pelo seu nome, ou pelo seu nome, todas as coisas.
Nós não podemos vê-lo, mas diz, Plutarco, “ele vê todas as coisas; ele mesmo não sendo visto.” Coisas materiais são as formas nas quais ele é a substância; a vestimenta com a qual ele se veste pela qual ele se manifesta como homem. O trabalhador da natureza, como a teia da aranha, é maravilhoso e por ela podemos ver que há uma inteligência em ação, velada também, embora tenha seus produtos visíveis. O trabalho manifesta o trabalhador.
Os escritos que beiram o nome de Hermes Trimegistus contem uma completa exposição da teologia egípcia. Nosso conhecimento de Hermes é , através, principalmente, dos neo-platonistas. Os livros que beiram seu nome possivelmente foram escritos no século IV d.C. e puderam ser recebidos como interpretação neo-platônica da teologia egípcia. Neles, a identidade de Deus e da natureza é distintamente ensinada. Entre as nações que são mais recentemente originadas no mundo, essa identidade sempre é assumida, não porque, quem sabe, eles conscientemente fazem de Deus e da natureza um, mas porque eles não aprenderam a separação entre a natureza e o poder que trabalha na natureza. Os antigos egípcios podem não ter sido filósofos mas Hermes Trimegistus conseguiu expôr a filosofia que delineava as suas crenças religiosas. O quanto ele leu sua filosofia nessa religião ou o quanto dela, ele achou lá, nós não podemos inquirir. Para a identidade de todas as coisas com Deus, ele deduziu o argumento favorito de que ela deve existir como ideias na mente divina. A realidade das coisas, ele diz, tem que ser eterna, porque dela não pode ser o que não foi anteriormente.
Deus não é matéria, ele é o poder que facilita a matéria. O mundo sensual é estritamente sua criação. Pela sua vontade, ele existe. Ele é o receptáculo de formas que favorece a vida. Toda criação é dele, por ele, mas também está nele.
As características panteístas desses escritos podem ser aprendidas de algumas palavras do livro oito: “Não há nada no mundo todo que deus não seja. Ele é ser e não-ser; ele é manifesto e ele é também o mais manifesto para todos. Ele é o que quer que seja contemplado pela mente ou é visível ao olho. Ele é incorpóreo e multi-corpóreo. Não há nada em nenhum corpo que ele não seja, porque ele é todas as coisas. Por isso, ele tem todos os nomes, porque ele é o pai e por isso, ele não tem nenhum nome porque ele é o pai de todas as coisas. Quem, pode, desse modo, falar positivamente dele ou das coisas dele? Por sobre, abaixo, entre, sem ele? Nem modo, nem lugar abarcam ele, nem nada abaixo dele existe. Todas as coisas estão nele, todas vem dele. Dele, tudo é dado e ele não recebe nada, porque dele estão todas as coisas e não há nada que não esteja nele. Quando, pai, devo eu, rezar a ele? Para que eu devo rezar a ele? Para as coisas que ele tem feito ou para as coisas que ele tem manifestado, ou para as coisas que ele manifestou? Mas porque eu rezaria a ele? Como se eu fosse eu mesmo, próprio de mim, ou como se eu fosse outro? Para aquela arte que eu sou, para aquela arte que eu faço, para aquela arte que eu digo; para aquela arte que é produzida e que não é produzida. Para a arte de uma mente inteligente e um pai eficiente, um deus em ação, bom, fazendo todas as coisas bem. O mais atenuador, parte da matéria, o ar; para o ar, o espírito; para o espírito, a mente; para a mente, deus.”
Essa ideia é repetida em todas as religiões ocidentais. É sentido que o mais alto ser, tem que, de algum modo, descender através de todas as esferas, círculos e formas da existência. Nenhuma ordem é concebível se deus não for concebido como uma condição que está em todo lugar, a mais condicional de todas as condições. Sua presença não é meramente passiva, é ativa. Nem é ele, meramente presença, é também uma conexão. O criador está de algum modo, unido ao seus trabalhos. Os hindus usavam a simples ilustração de uma aranha e sua teia ou uma tartaruga pondo para fora seus membros. Os persas fizeram de deus a luz da criação e da escuridão, uma necessidade como a sombra é para a luz: desse modo, luz e escuridão tem sido um e seriam, em última análise, um de novo. Às vezes, a criação foi chamada a vestimenta de deus, mas Hermes trocou a figura e fez de deus, a vestimenta de deus. “Ele engloba tudo em seu seio; ele cobre tudo com seu ser; ele traz para ele mesmo, tudo, como o universo inclui na sua existência, todo o mundo no qual ele foi produzido.”
Deus é o supremo mundo. A constituição da natureza não é, meramente, o trabalho de deus, mas deus é o componente – o poder pelo qual sua presença e ser constituem a natureza. Deus é todas as coisas, um e ainda todas as coisas – coisas que são, que manifestam ele e coisas que não são, porque seus ideais e padronagens estão nele. Ele não recebe coisas sem ele, mas manda dele para seu próprio ser. O mundo é a sua concepção, coisas visíveis são pensamentos incarnados. “É deus invisível?” diz Hermes; “diz proveitosamente dele, porque quem é mais manifestado do que ele? Por essa causa mesmo, ele fez todas as coisas, coisas que todas as coisas manifestam-se nele. Como a mente é vista em pensamento, assim deus é visto em ação.” Hermes evitou o materialismo, mas ele não estava, aparentemente, com receio de entrar em contradição. Ele sente que a verdade que concerne a deus deve ser uma contradição para o homem. No espírito dos sphinxes, entre os egípcios, seres grotescos e indefinidos – depois de mostrar como deus é o Senhor e o Criador de todas as coisas, sim e todas as coisas, ele conclui, “que todas as partes do ser de deus e o criador de tudo, ele, como ele foi, fez ele mesmo.”
As divindades dos egípcios são organizadas em três ordens. Essa é a divisão feita por Heródoto. A primeira ordem é de doze deuses; a segunda, oito e segundo Bunsen na terceira que é de sete. As únicas divindades que foram cultuadas pelos egípcios pertecem à terceira ordem, esses são Osíris e Ísis. Amon, o deus conciliador, foi, sem nenhum dúvida, cultuado em todos os lugares, é por ele todo culto que é ultimamente referido. Ele foi o supremo deus. Como o Um persa tornou-se Ormuzd ou Brahmă tornou-se Brahmā, desse modo, o deus conciliador do Egito começou a ser revelado. Mas existiram outros abaixo de Amon que colocam-se como o supremo deus.
Mas o chefe deles foi Amon que é colocado como o supremo deus. O chefe deles foi o deus cabeça-ram da Thebaid, o patrono das divindades no Egito. Ptah, o criador do mundo e senhor da verdade, com Neith, o deus da sabedoria, todos da primeira ordem, mas, principalmente, Osíris e Ísis são, tais como o seu filho, Hórus, da terceira ordem. Osíris e Ísis e os mais familiares dos deuses egípcios. Eles representam, sozinhos, ou juntos, o todo da natureza; esse ser cujo poder e presença é manifesto em todo lugar na natureza. Os egípcios tem muitas lendas de Osíris e Ísis do tempo de quando eles reinavam no Egito, da morte de Osíris pelo treachery de Typhon e das lamentações e pedidos de perdão por Ísis. O quanto da história há nisso, não podemos determinar. A interpretação mais aceita é a de que, a verdade repousa neles como se fossem personificações das operações da natureza. Osíris é a divindade desvelada, ele é, às vezes, Kneph ou Athor e Athor é, de novo, unido a Ísis como princípio oculto do universo, a sabedoria criativa da divindade. Ela tem um templo em Sais, no qual está escrito a famosa inscrição preservada por Plutarco: “Eu sou tudo o que é e será e nenhum mortal pode revelar meu véu.” Mas Osíris e Ísis poderiam apenas manifestar o ser superior como a extensão da natureza revela-o.
“Osíris e Ísis” diz o Dr. Prichard, “são o ser universal, o espírito da natureza correspondendo ao panteístico ou ao masculino-feminino Júpiter dos versos de Orfeu. Typhon representa o mal físico. A ele são atribuídos eclipses, tempestades e estações irregulares. Ele é o mar que traga o bom Nilo e produz a seca e a fome. Ele é o inimigo de Osíris e sua esposa Nephthys é a inimiga de Ísis.”
“Nephthys é representada pelo deserto e a inundação do Nilo é a divindade perdendo a virgindade (perdendo a virtude) na sua cama. Typhon é o vento do sul do deserto e a ele, todas as bestas ocultas são sagradas. Outra divindade é Hórus, o irmão de Osíris; ele mesmo é o Sol, o mundo e toda a natureza. Ele é, supostamente, idêntico a Harpócrates que é, ás vezes, chamado o filho de Ísis. Harpócrates é o deus do silêncio, o emblema da natureza no seu progresso silencioso. Quando os brotos abrem na primavera e o oferecimento queima silenciosamente sob a terra, então, Harpócrates nasce. Em toda primavera era comemorada o festival do seu nascimento. O jovem deus está morto, mas sua perpétua mãe viveu e reproduzi-o ao longo da mudança das estações. “Apuleius, um príncipe egípcio do terceiro centenário, representa Ísis, como é colocodado por ele, após ter sido iniciada nos mistérios egípcios, “Eu sou aquela que é a mãe natural de todas as coisas, dos mundos, a chefe dos divinos poderes, rainha do céu, a principal dos deuses celestiais, a luz da bondade, pela minha vontade, estão dispostos os planetas e o ar, o todo dos ventos do mar e os silêncios do mundo não-visto, minha divindade é adorada em todo o mundo, de diversos modos, com vários ritos e com vários nomes. Os Phygians me chamam de mãe dos deuses; os atenienses de Minerva; os cipriotas, Vênus, os candians, Diana, os sicilianos, Proserpina; alguns me chamam Ceres, Juno, Bellona, Hécate, os etíopes e os egípcios me chamam rainha Ísis.”
O que é dito de Ísis, é também, dito de Kneph. Os egípcios, de acordo com Porphyry, colocavam um autor intelectual do mundo pelo nome de Kneph.
Eles cultuaram ele numa estátua de forma humana, com uma compleição azul, trazendo em sua mão, um cinturão ou cetro, vestindo a sua cabeça, uma pluma real e tendo um ovo enfiado na sua boca. Analogamente, citando os livros hermaic, há um ensino muito próximo concenindo a Kneph, do mesmo modo. Esse deus é colocado como o regulador dos deuses celestiais. Aquele que é uma mente inteligente nele mesmo, absorvida em suas próprias contemplações. Anteriormente Kneph foi um ser sem partes, o primeiro poder oculto e, por Hermes chamado Eikton. Ele é cultuado apenas em silêncio. Após esses, estão os poderes que presidem a formação do mundo visível. A mente criativa que forma o universo é chamada Amon, Ptah ou Osíris, segundo a característica que ela pode assumir.
Há uma outra divindade que pode ser utilizada para falar de deus. É Hermes, a sabedoria de Amon, o professor da sabedoria entre os homens. Osíris foi o grande corpo da natureza; Hermes a incarnação do divino intelecto. Ele é chamado por outros nomes – Anúbis, “o dourado”, aquele que brilha no Sol, o líder das estrelas, o cachorro estrela. É também chamado Thoth, o pillar, porque o pillar é a base de toda sabedoria egípcia que foi preservada pelos sacerdotes. Hermes é discurso e sabedoria; ele é o descobridor da astronomia, o professor da ciência, o inventor das artes.
Entre os deuses, ele é proeminentemente o bom espírito, o doador dos presentes intelectuais e espirtituais. Osíris e Ísis são os bons rei e rainha, Hermes é o princípio sábio. Como Sírius é a parte mais alta do firmamento que olha pelos planetas e protege e toma conta de todas as criaturas. O mundo inteiro da natureza é revelado antes dele, sua mente sábia regula o mundo. Ele é físico, advogado, juiz. Ele ensina a imortalidade. Ele guia os espíritos em seus anseios. Partilhando a sabedoria, ele faz os homens um em si mesmo – os príncipes mais sábios tornam-se Hermes. Se toda a natureza é a exterioridade de Deus, a exibição dos sensos do invisível Amon, isso tem que ser tudo divino e, se divino, porque não seria cultuado? Como, também, pode o “Deus velado”, mas por seus trabalhos que declaram sua sabedoria e seu poder? Então, quem sabe, os egípcios razoavelmente ou antes, mais possivelmente, sem razão concluíram e consagraram o mundo visível como objeto de culto.
Os persas, com seu céu claro e radiante, viram deus na luz. Os árabes, com seus pensamentos vindos direto dos céus de estrelas, viram deus nas estrelas. Os egípcios, também, viram deus tanto no dia luminoso, como nas estrelas, mas muito mais naquela fertilidade abundante que vem da onde conhecemos como a cheia do Nilo, sem a qual o Egito teria sido um deserto. O quanto foi, além de todas as coisas, sagrado o rio Nilo!
O quão estava conectado, ele mesmo, à vida e através da religião de todo egípcio! O rio Nilo foi o pai do país, dele dependia a força do Faraó. Mas o Nilo é apenas um objeto inanimado. Todas as coisas vieram da areia e da água originalmente criada pela Escuridão Desconhecida. Dela cresceu o lótus com o qual, o Nilo abunda. Mas o Nilo tem maiores desenvolvimentos de existências do que areia e água, maiores formas de vida do que o vegetal lótus: o Nilo tem bestas inumeráveis, as verdadeiras crianças do pai Nilo, criados no seu seio e, abundamente nutridas por ele. Elas muito terríveis, elas são mais fortes do que os homens e aparentemente mais espertos. Elas são o genii do bondoso e belo rio, os deuses das ondas, porque elas não seriam cultuadas, apenas porque são terríveis?
Mas o Egito é, peculiarmente, uma terra de bestas. O Egito é prolífico em vida animal: o leão vem do deserto, o íbis consegue seu alimento nas bordas do rio, o crocodilo se aquece entre as investidas. Os egípcios veem todas as formas da vida bruta em todos os lugares como abundante. Elas são guiadas por uma sabedoria que está além da sabedoria humana; há uma regularidade nos seus movimentos que são igualados apenas pela regularidade do fluxo de trabalho da natureza.
Como o frutuoso Nilo seca e dá a cheia, como o verão, inverno, primavera e outono vão e vem, pela mesma lei, os brutos vivem. Eles tem parte com a mesma ordem. A respeito disso, o homem em alguns aspectos, é supreior à essas criaturas. (…) Sem seus cuidados e desapontamentos, eles levam uma vida prazeirosa. A lei da natureza abarca seu domínio neles, eles são determinados por uma sabedoria superior (…) Eles vivem a vida universal e, como os egípcios poderiam dizer, a vida mais alta. Eles são inconscientemente um com o ser do universo. Quão natural é, para os egípcios, cultuar a criação é, para os egípcios, cultuar a criação bruta: para ver a sabedoria que os guia, perceba o maior reflexo que essa sabedoria manifesta em toda natureza.
O culto de animais é usualmente a mais baixa forma de idolatria e marca o mais baixo grau de civilização, mas no Egito prevaleceu entre as pessoas famosas na antiguidade da civilização e do aprendizado, tendo suas raízes na filosofia do ser.
O seguinte modelo descritivo panteísta de Serapis foi dado por um oráculo de deus: “Minha divindade tem que ser descrita pelas seguintes palavras: O horizonte do céu é minha cabeça, o mar é meu sino, a terra são meus pés, meus ouvidos são as regiões etéreas e meu olho é o Sol resplandecente que brilha lá longe.
Nós temos que distinguir entre o culto dos animais e o culto dos deuses, foi um modo de cultuá-los. Essas divindades foram, em primeiro lugar, cultuadas na forma de bestas, até Hermes tem uma cabeça de cachorro, por causa da conexão dele com o cachorro estrela. Kneph é uma boa divindade e, apesar disso, é representado como uma serpente peçonhenta. Osíris tem o falcão como seu símbolo e sua imagem foi usualmente formada com a cabeça do falcão. O pássaro falcão foi simbólico da alma. O crocodilo foi sagrado para o mais alto deus. Plutarco assegura como a causa disso, que o crocodilo é o único animal vivo na água que tem seus olhos cobertos com uma membrana transparente cobrindo todos os seus olhos, de modo a ver e não ser visto, cujo atributo é o do supremo deus, “ver todas as coisas, sendo ele mesmo, não visto.” Plutarco diz em outro lugar, “Não havendo uma razão plausível para cultuar deus simbolicamente nele, crocodilo, poderia ser dito: o crocodilo é o único animal sem um granhido, pelo Logos, pela razão, o crocodilo não permanece no discurso, entra no caminho do silêncio da justiça no mundo sem barulhos, certamente governado e dispensa todas as vaidades humanas.” Horus Apollo, no hieróglifo diz que o conhecimento dos egípcios repousa num ser superior cujo governo do mundo, representado por ele, simbolicamente por uma serpente e eles também “pintavam uma grande casa”, palácio cercando a sua circunferência, porque o mundo é o palácio real da divindade e de novo ele diz: que a serpente como ela é, mordendo o próprio rabo, firmemente representa que todas as coisas produzem o mundo pela divina providência e são resolvidas nela de novo.” “A serpente” diz Philo Byblius, citando texto de Sanchoniathon, “foi dignificado pelo egípcio Hermes, porque é imortal e resolvida nela mesma.” Ás vezes, o símbolo da divindade foi uma serpente com cabeça de falcão e, às vezes, uma falcão sozinho. No templo de Sais, há uma hieróglifo que consiste de um homem idoso, um homem jovem e um falcão, tendo o significado, diz Plutarco: “ambos, o começo e o final da vida humana dependem de deus.” Não devemos supor que as multitudes do Egito que pagam suas devoções às sagradas bestas tenham qualquer consciência que concebendo essa atividade, eles estavam cultuando o um e o todo da natureza. Eles viam deus na natureza e, embora cultuando todas as partes da natureza como partes do divino, continuavam cultuando as bestas. “A alma de deus, o mundo, o homem primal foram um – Na rocha esculpida, na figura e em canções. Eles cultuavam ele que foi ambos e tudo. O deus semelhante a eles, foi um do tipo humano. (...)”

Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Egípcia

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