No quinto século antes de Cristo viveu Tales de Mileto, um amante do conhecimento, um buscador da sabedoria.
Ele visitou o Egito na época em que a batalha sagrada entre ciência e sagrado, inclusive, a batalha para jogar fora a sabedoria da religião egípcia tinha começado. Os padres registravam conhecimento – conhecimento de todos os tipos. Tales aprendeu lá a “escuridão desconhecida ”que produz “água e areia” da qual todas as coisas são feitas. Ele deve ter comparado isso com o que ele leu em Homer e Hesíodo sobre a origem de todas as coisas do Oceanus e de Tethys e, portanto, elaborado o pensamento “água é o primeiro princípio da criação.” Quem sabe ele tenha feito experimentos nisso. Um químico rude ele foi e também, procurou saber que formas materiais são insubstanciais e passageiras. Ele sentia que a fundação da natureza foinuma unidade na qual todas as coisas forma um, uma substância na qual toda partícula – um material capaz de ser formada pelos sóis e pelas estrelas e mundos, árvores, animais e homens, um elemento original com o qual todos oselementos tiveram o seu começo e o que mais semelhante do que a água para seresse elemento original?
É o sangue danaturea, pela qual todas as coisas vivem, sem a qual, todas morrem. Ele pegou um elemento da união original, oque quis dizer com isso, é mais do que podemos dizer. Ele teria se dado conta de que não podia irmais adiante? Ele não fez distinçãoentre o material e o espiritual? Nós nãopodemos responder. Aristóteles dizia queTales acreditava que “todas as coisas estão cheias de deuses. “Laertius que chamava Deus de “omais antigode todas as coisas, poque foi incriado” e Cícero que dizia: “a água está para oinício de todas as coisas, mas Deus foi a mente que criou as coisas daágua.” “Mas porque” perguntouAnaximander, discípulo de Tales “deve ser dada preferência a água em detrimentodos outros elementos? Desse modo, vocêassume que todas as coisas são finitas. Colocando esse elemento entre os outros, colocando-o como o únicoelemento do universo, você o torna infinito. Ele então, cessa de ser água. Porque não chamá-lo, desse modo, “o infinito” é ilimitado, eterno,incondicionado?” Um universo de opiniõessurgiu sobre o significado que Anaximander dava a “infinito”. Ele é material? É incorpóreo? Nós só sabemos que ele acreditou num “infinito” e que todos os seresvierem desse ser. Anaximander teve umsucessor, Anaximenes, cujo pensamento deveria ser determinado com o que éinfinito. Não é água, que é elementomuito grosso, muito material.
Não existe nenhuma existência concebível em pensamento nem perceptível pelos sentidos que apareça infinita – nenhuma essência que seja todas as coisas – e ainda não seja nenhuma delas? Há o que nós chamamos de fôlego,vida, alma. Ele pervade tudo. Ele permeia tudo. Ele penetra tudo. Não é o “infinito”? Nós respiramos ele. Nós vivemos nele. É a alma universal. Isso foi o que Anaximenes quis dizer, nós não sabemos com certeza. Mas é a interpretação do “ar” pelo discípulo de Anaximenes, Diogenes de Apollonia. Ele pensou a divindade como o fôlego divino, ar, espírito, dotado com os atributos da sabedoria e da inteligência e pervardindo o universo do ser. Esses filósofos começaram com essas inquirições que, aparentemente, pertenciam aonatural da filosofia, mas eles não pararam aí; eles não puderam – eles foram além das fronteiras do finito e do fenomenal.
Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Os Jônicos
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