Academia Virtual de
Letras
Patrono: Paulo Coelho
Acadêmico: Mauricio
Duarte
Cadeira: 39
Artificialismos
Que o horizonte fosse
cinza,
que as flores fossem de
plástico,
nunca se daria maior
triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
conforto, luxo, prazer
e
tudo, tudo que pode,
quer...
Que as raízes fossem,
sim, de metal,
que o próprio ar fosse
de concreto,
nunca se daria maior
triunfo em
domar a natureza ao seu
interesse, força,
ganância,
tudo, tudo que pode,
quer...
Que os oceanos fossem
esgoto,
que as montanhas fossem
de lixo,
nunca se daria maior
triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
poder, avidez, danação,
tudo, tudo que pode,
quer...
Que os animais fossem
andróides,
que a vida fosse
artificial,
nunca se daria maior
triunfo em
ser vontade do homem de
domar a natureza ao seu
ódio, crime,
especulação,
tudo, tudo que pode,
quer...
Que os poetas fossem
mecânicos,
que a arte fosse só
falsidade,
nunca se daria maior
triunfo em
ser vontade do homem de
domar a si mesmo,
vítima
do próprio orgulho,
falta de
tudo, tudo que pode,
quer...
Mauricio Duarte (Divyam
Anuragi)
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