Hegel
Não há nada novo em Hegel. Depois de dominar sua verborragia
cheia de terror não ganhamos novas ideias; mas ele herdou a riqueza
de todos os filósofos predecessores. O mundo inteiro da especulação
se deita antes dele. Ele fez um sistema, grande, compacto, lógico.
Ele resumiu a sabedoria inteira do mundo e ditou a última palavra
da filosofia. Com ele a filosofia começa ou termina.
Sendo um discípulo e seguidor, aluno de Schelling, ele tem muito
em comum com seu mestre, mas saiu da esfera de influência de
Schelling, como Schelling saiu de Fichte, e Fichte de Kant.
Das “rapsódias poéticas, das ditirâmbicas inspirações,
das contemplações caprichosas e das desordens brilhantes.
” ele substituiu por um método inflexível com o qual submeteu
ao jugo da filosofia todos os triunfos da ciência. Mas como
deveríamos explicar Hegel? Quando M. Cousin perguntou
a Hegel por uma afirmação sucinta do seu sistema,
o alemão sorriu ironicamente e disse: “é impossível,
especialmente em francês.” O que não pode ser
explicado em francês é certamente impossível de ser
explicado. Mr. Stirling traça a origem imediata da filosofia
de Hegel a Kant. Talvez ele esteja certo. Podemos traçá-la desde
Hume, com o qual seria quase a mesma coisa. Os idealistas,
o bispo Berkeley, por exemplo, tinha negado a existência da
matéria,o que é a matéria abstrata. Fenomenalmente, as coisas
aparecem aos sentidos – isto é tudo que é material. Pela
mesma razão que levou Berkeley a suas conclusões, Hume
mostrou que a mente não tinha existência como abstrato
vindo dos nossos pensamentos. Impressões, ideias – isto
é tudo de mental. A posição de Hegel é a de Hume,
precisamente; nós não sabemos nada da matéria a não ser
como fenômeno, nós não sabemos nada da mente,
a não ser como um pensamento, uma ideia. Isto então é
a realidade, ambos, da mente e da matéria. Pensamento
é existência. O racional é o verdadeiro, e, portanto,
a realidade suprema é pensamento absoluto, mente ou ideia.
A ampliação desse pensamento é o desenvolvimento em
múltiplos; para a ordem do verdadeiro ou mundo
fenomenal tendo uma perfeita correspondência com
a ordem do ideal ou intelectual. Kant tinha dito que
“há duas passagens ou estágios para o conhecimento
humano, que surgem talvez de uma mesma raiz
comum, ainda como que desconhecidas por nós,
nomeadas, sentido e entendimento; através do
primeiro, na qual objetos são dados, e através do
último, pensamentos.” Essa raiz comum foi a síntese
de Fichte unida ao eu e ao não-eu. Foi a identidade de
Schelling, na qual o ideal e o real foram um. Isto
correspondeu, também, na substância de Espinoza,
com a qual os dois atributos foram pensados em extensão.
Hegel alcançou esse pensamento sozinho, a ideia absoluta.
Sensação e entendimento sãovirtualmente
um – o primeiro dando externamente o que o último
dá internamente.
Hegel objetou o termo substância como aplicado
a Deus. Isso soa como materialismo. Sem dúvida
pode haver uma substância espiritual, mas a palavra
é emprestada do sentido de objetos. Espinoza o
usa como absoluto Ser dos quais a mente e a matéria
tem sua identidade, com a óbvia convicção que a sua
natureza não é definível sobre um descobrimento de
alguns dos seus atributos conhecidos. Hegel, por outro
lado, define Deus como absoluta mente; ele aceita
e confirma as definições cristãs de que Deus
é um Espírito; não como Malebranche, Augustine
e outros que explicaram essa passagem como que
declarando que Deus não é; mas como que
afirmando, e possivelmente definindo, o
que ele é. Deus não é meramente inteligente
e vivo, mas ele é Espírito. “A natureza espiritual”
diz Hegel, é sozinha a verdade e o ponto inicial produtivo
para os pensamentos do Absoluto.”
(...)
Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt
. 1884 por Mauricio Duarte [Divyam Anuragi] Transcendentalismo .
Hegel
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