sábado, 14 de agosto de 2021

RASTROS E DESENHOS CALIGRÁFICOS 2

 RASTROS E DESENHOS CALIGRÁFICOS 2





Rastros e desenhos caligráficos 2
Expressionismo abstrato
Nanquim e pastel seco s/ papel e computação gráfica
21 x 29,7 cm
2021
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Impressões de artes
R$ 117,45
Tela
R$ 166,90

Trecho do livro CARAMURU de autoria de Frei José de Santa Rita Durão

 Academia Virtual de Letras António Aleixo

Patrono: Frei José de Santa Rita Durão

Acadêmico: Mauricio Duarte

Cadeira: 39

Acadêmico Vitalício





"VI
Das faces belas, se na terra houvera
Imagem competente que a pintara,
Às flores mais gentis da Primavera
Pelo encarnado, e branco eu comparara:
Mas flor não nasce na terrena esfera;
Não há estrela no Céu tão bela, e clara,
Que não seja, se a opor-se-lhe se arrisca,
Menos que à luz do Sol breve faísca.
VII
Da boca formosíssima pendente
Pasma em silêncio todo o Céu, profundo:
Boca, que um Fiatpronunciou potente,
Com mais efeito, que se criasse um Mundo:
Odorífero cheiro em todo o ambiente
Do labro se espalhava rubicundo;
Fragrância celestial, que amante, e pia
No Filho com mil ósculos bebia.
VIII
Todos suspende em pasmo respeitoso
O amável formosíssimo semblante;
E mais nele se ostenta poderoso
O Soberano Autor do Céu brilhante:
Pois quanto tem o Empíreo de formoso,
Quanto a angélica luz de rutilante,
Quanto dos Serafins o ardente incêndio,
De tudo aquele rosto era um compêndio.
IX
Nas brancas mãos, que angélicas se estendem,
Um desmaiado azul nas veias tinto,
Faz parecer aos olhos, quando o atendem,
Alabastros com fundos de jacinto;
Ambas com doce abraço ao seio prendem
Formosura maior, que aqui não pinto;
Porque para pincel me não bastara,
Quanto Deus já criou, quanto criara."

Trecho do livro CARAMURU de autoria de Frei José de Santa Rita Durão

Blues da solidão

 

Academia Virtual de Letras António Aleixo

Patrono: Frei José de Santa Rita Durão

Acadêmico: Mauricio Duarte

Cadeira: 39

Acadêmico Vitalício





Blues da solidão


Por remota que fosse a possibilidade,

a minha alma nunca desistiria daquilo.

Ver, ouvir, ser, estar, não, nada disso basta.

A esperança não se alimenta disso não.

A esperança só existe através do lamento.

O blues que vem e vai, nos torna plenos, sim.

Mostra-nos o quanto a dor tem que passar, ir-se.

Para pôr no seu lugar, um quê de saudade...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)