domingo, 20 de março de 2011

Deleuze e a lógica do sentido: o suicídio nosso de cada dia

Em que lugar está a realização plena de cada pessoa, de cada ente, de cada indivíduo?  Em Deus, ora.  A relatividade desse conceito residiria em séculos e séculos de mau uso das palavras, Deus, Brahma, Universo, Divindade e assim por diante.  Desse ponto pacífico (ou de outros pontos*, que desse podemos extrair "apenas" libertação) podemos gerir um ponto crítico como metafísica das palavras (mais adequado seria filologia mesmo) e daí vir com as palavras-valise de Lewis Carroll: furiante - fumante furioso.  Ou ainda, os jogos de palavras com "Morcegos comem gatos ou gatos comem morcegos?"
Seria um mero jogo de palavras: Obra de arte?  Obra-prima?  Obra primeira, primeva, primordial, aquilo que está para o início assim como o início está para o final.  Alfa e Ômega.  Estamos de novo em Deus e Jesus.
Do que é feito esse "jogo"?  Ocorre que não é acidental estarmos nesse início de século 21 em meio a tantas destruições: Do meio ambiente, da civilização como conhecemos, da família, da estrutura social antiga.  Essa destruição relaciona-se diretamente ou indiretamente (não sei o que é pior ou o que seria pior) ao desamor pela cultura, pela arte, pela literatura, pela palavra bem escrita, enfim.  Um desamor que traz consigo a inconsciência.  Qual seria o lugar da plena realização de alguém num mundo onde a realização plena perdeu o sentido?  Sentido das palavras.  Lógica do sentido.  Deleuze.  Ninguém foi tão fundo quanto Gilles Deleuze nesse espaço.  Em que lugar?

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