O conceito de belo ou de ética, moral e bondade em alguém (escritor) depende de um lampejo filosófico ou de dogma religioso? Ou depende, numa acepção última de um conjunto de características de personalidade cultivadas e/ou adquiridas ao longo do tempo de vida? Em sendo verdade que dependa do seu cárater ou falta de caráter, em instância última, poder-se-ia dizer que todo o conhecimento, todo a leitura, todo o aprendizado de alguém (escritor) não tem repercussão nem ressonância em seu trabalho de escrita; salvo seja verificada a condição de que a sua personalidade seja uma personalidade interessante, uma personalidade de que alguém queira acercar-se, que seja alguém (não necessariamente escritor) vivo, que tenha uma vida, na ampla acepção da palavra vida e não um arremedo de contemporaneidades instântaneas prémoldadas e préprogramadas as quais lidamos todo dia.
A bondade e o gosto pelo belo, pelo ético, pela moral devem ser cultivados? Ou experimentados?
Cabe a nós (escritores ou não) respondermos a pergunta.
Arte-enlevo propõe uma análise de arte em que se transpasse o atributo de ser simplesmente teoria da prática artística. Propõe o elevar de mentes e consciências dentro do cognitivismo, da semiótica e do existencialismo. Transpassa porque estaria em dinamicidade com expressões artísticas no êxtase, no enlevo. Propõe o elevar de mentes, consciências e espíritos tanto na pura crítica reflexiva, quanto no puro deleite de sensações e em âmbitos de maior apreciação estética plena.
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