quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Calo



Calo

Calo pelos calos da vida.
Se falo, logo fico quieto.
Calo pelos calos da vida.

Dos amigos que tive
escalo alguns.
Como amigos do peito
do resto me calo.

Das amantes que tive
escolho as calejadas.
Que não gosto de disse-me-disse.
Calado sou.

Uso a calandra
para calar os meus erros no papel.
Calo o que já foi caule,
acerto o desacerto.

Calando assim vou,
na calada da noite.
Calo pelos calos da vida.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Nenhum comentário:

Postar um comentário