Transbordando todo copo
O clamor daquele dia
era de um vinho branco.
Seco, como o tal, seco...
Mas a noite veio como
todas as noites vem e me
refez a suavidade...
Fui buscar então um tinto,
doce e suave como
a noite descortinava
o pendor das coisas brandas.
Qual o que? A noite
nunca
foi branda; mas aquela foi...
Pude ver o limiar nu
das uvas em um vinhedo.
Das vinhas que são o sumo...
É a vida, tão doce e
seca, ao mesmo tempo, tal
qual este mesmo poema...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
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