Paulo Caldas
Até que ponto
o real é real mesmo ou é apenas um espelho de sonho no qual a verdade é um
ponto de vista? A ambiguidade dos nossos
anseios nos trazem inquietações filosóficas e espirituais porque são dúplices e
tríplices ou as inquietações filosóficas e espirituais nos trazem anseios
ambíguos porque são dúplices e tríplices?
Paulo Caldas, exímio artesão das artes plásticas, propõe uma “flecha
mensagem” que nos atinge no peito, no coração...
Como em René
Magritte, para quem as ambiguidades de um quadro seu “vêm da sua natureza
profundamente introspectiva e são a resposta de um pensativo observador para a
vida superficial ao redor de si”, nas palavras de Edmond Swinglehurst, Paulo
Caldas pensa o mundo filosófica e espiritualmente, tanto quanto ideológica e
socialmente. Suas influências, segundo
suas próprias palavras, vêm mais do que leu e do que ouviu do que propriamente
do que viu. As leituras de Richard Bach
(Fernão Capelo Gaivota, Longe é um lugar que não existe), Khalil Gibran (O
Profeta), Hermann Hesse (Sidarta, O Lobo da Estepe), Jiddu Krishnamurti (Sobre
a liberdade), Lobsang Rampa (A Terceira Visão) e Manoel de Barros (O livro das
ignorãças) alimentaram e alimentam sua arte surrealista ao lado de Pink Floyd,
Vangelis, Tom Jobim e Chico Buarque, na música.
Profundo
conhecedor do desenho e das suas possibilidades, o artista leva o observador de
suas obras às indagações e conjecturas sérias a respeito da sua existência com
jogos extremamente elaborados de figura e fundo. Também se utiliza de formas
que se transformam e se metamorfoseiam numa verdadeira dança imagética onde as
cores têm o papel fundamental de atrair o espectador.
A viagem que
M. C. Escher – um irmão e mestre para Caldas – realizou à Granada, na qual foi
fortemente impactado pelos azulejos mouros, de onde surgiram nele as
inspirações para os padrões geométricos, transfigurados ao serem repetidos,
formando novos desenhos, Paulo Caldas explorou nos recônditos da sua própria
psique, da sua alma. Suas pinturas são
verdadeiras viagens fantásticas que estruturam realidades oníricas em
concomitância com imaginações concretas, feitas no real palpável do pictórico e
do gráfico.
Do modo de
Iberê Camargo, o artista segue a linha do “não nasci para fazer berloques,
enfeitar o mundo... eu pinto por que a vida dói.” Paulo conhece como poucos a
arte de instigar e provocar, sendo um virtuoso desenhista que constrói pontes
entre a imaginação e a realidade sem fazer falsas concessões aos modismos de
qualquer natureza midiática.
Salvador Dalí,
em sua grande voracidade surrealista, inspirou também fortemente Paulo Caldas,
que soube extrair da arte delirante, alucinada, deliciosamente cativante e
magnífica do catalão, seu substrato para uma criação autônoma e original que
nada deve a nenhum dos pintores surrealistas de todos os tempos.
A situação
atual do país o inquieta muito e o pintor deixa uma mensagem para todos os
brasileiros e brasileiras: “Ser bom é mais barato. Quando somos bons, economizamos energia
positiva para o nosso país. Vejam o que
está sendo desperdiçado em decorrência da ação dos maus que infestam nosso
Brasil.”
Mauricio
Duarte
Referências:
A Arte dos
Surrealistas . Edmund Swinglehurst . Ediouro . Rio de Janeiro . 1997
M. C. Escher .
Artista gráfico holandês . http://www.ebiografia.com/m_c_escher/
. visitado em 16-10-2017
M. C. Escher .
O artista das construções impossíveis .
http://www.bontempo.com.br/dicas/m-c-escher-o-artista-das-construcoes-impossiveis/ visitado em 16-10-2017
M. C. Escher .
Wikipédia . https://pt.wikipeida.org/wiki/Mauritis_Cornelis_Escher
/ visitado em 16-10-2017
Contatos com o artista:
Telefone: 82 999552464
E-mail: cordao-nordeste@hotmail.com
Facebook:
https://www.facebook.com/paulo.caldas.125
Endereço: Rua Marco Aurélio, 146 - Jd. Petrópolis II -
Tabuleiro dos Martins, Maceió . AL
Leia mais em: https://www.revistasinestesia.net/paulo-caldas-visualis
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