“Muito se tem falado e escrito sobre a função
catártica da arte. Katharsis é a palavra grega para purificação.
Catártico é purificador.
Como é que arte purifica?
E de que é que ela purifica o homem?
Catártico é purificador.
Como é que arte purifica?
E de que é que ela purifica o homem?
E, mais importante ainda, por que o homem é impuro?
Se o homem faz parte integrante do Universo, e se o Universo é puro, por que é
o homem impuro?
Os romanos, além da maravilhosa palavra
"Universo" - um em diversos - chamavam o mundo "puro", ou
"mundus". Conservamos em português a palavra "mundo"
(impuro), mas perdemos o adjetivo "mundo" no sentido de
"puro". Os romanos consideravam o Universo como a grande pureza, como
o "mundus” - assim como os gregos o apelidavam de "kosmos", isto
é, “beleza” (cf, cosmético). A beleza, para o heleno, consistia antes na forma
do que na cor. O substantivo alemão Gestalt, hoje tão usado na psicologia e na
arte, corresponde mais ou menos ao termo grego kosmos; ambos se referem a uma
beleza de forma e constelação, a um jogo de simetria e assimetria, a um
contraste de positivo e negativo. O Universo, para o espírito helênico, era uma
harmonia de formas e de movimentos, que ele apelidava de “kosmos”.
O Universo é "puro" e é "belo”.”
O Universo é "puro" e é "belo”.”
(Trecho do livro A Filosofia da Arte . A Metafísica
da verdade revelada na estética da beleza . Capitulo 3 . A grande Katharsis
pela arte integral . página 37 . Huberto Rohden . Editora Martin Claret . São
Paulo . 2008.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário