Deus... esse desconhecido...
Não
sei quando é, nem quando foi. Nem
tampouco sei se será algum dia. Mas de uma coisa tenho certeza, está sendo, sem
se estabelecer no presente, foi, sem se estabelecer no passado, e será, sem se
estabelecer no futuro. Do que estou falando? De Deus, lógico. Dele nada pode
ser dito sem que se negue ao mesmo tempo a mesma assertiva.
As
teorias filosóficas e especulativas a Seu respeito nas diversas teologias,
tratados e orações não dão conta da sua magnificência e grandeza
infinitas. Incomensurável é Sua
imensidão e incognoscível Sua sabedoria.
Igualmente onipresente é Seu amor que a tudo permeia. Onipotente é a Sua
ação e onisciente Seu discernimento.
No
entanto, há um abismo entre quem vê e quem não vê essa verdade. Muitos dirão
que se trata de mera megalomania da igreja esse louvor a Deus. Sim, porque se
somos feitos à imagem e semelhança de Deus, nossa centelha, fagulha, ou como
queiramos chamar, nossa partícula divina presente em nós, seria, igualmente,
infinita e imponderável por questão de natureza. Não por quantidade, mas por
qualidade. E a palavra natureza é a chave. Já que poderíamos ver que os
panteísmos de grande números e ordens que povoam a crença – mais ou menos
imaginativa ou não – de várias pessoas, nos dias atuais, não permitem
vislumbrar a grandeza de Deus. Ou
tornaria essa tarefa um tanto quanto árdua... Porque seria pretensão, pura e
simples, que existisse um tal Ser como Deus e que, ainda por cima, fôssemos
feitos a Sua imagem e semelhança...
Não
quero entrar em mérito nem demérito. Cada um tem a sua fé e a sua crença. Mas
me toca profundamente, de forma negativa, trocar Deus por uma natureza
Todo-Poderosa totalmente consciente – quando sabemos que em séculos anteriores
alguns estudiosos sustentavam que os vegetais não eram vivos, o que corrobora a
velha teoria de pêndulo, o pêndulo da sociedade foi de um lado para o outro,
nada mais e nada menos; de uma desvalorização da natureza para uma valorização
ao extremo da natureza e aí é questão de seguir a maioria ou não seguir a
maioria e não do que está certo ou do que não está certo – e que seria parte de
Deus ou Deus inteiramente... Desse modo,
o universo em sua infinitude seria a própria consciência cósmica sem tirar nem
pôr...
E
Deus é esquecido em nome deste panteísmo de pêndulo. A Pessoa de Deus, Santíssima Trindade, Pai,
Filho e Espírito Santo, em Uma Pessoa é um mistério sagrado que Jesus Cristo
veio para revelar e cumprir o que já tinha sido profetizado. Não descarto
totalmente a visão panteísta, mas é certo que as ruínas da cristandade podem
ser só isto mesmo, ruínas, mas valem mil vezes mais do que mil Gnoses de
Princeton da contemporaneidade ou similares.
Quem
experimenta Deus em profunda oração – oração centrante, por exemplo – ou em
meditação cristã, não pensa duas vezes em apontar Deus como Pessoa. Porque Deus não é um espírito vazio, Ele é o
Espírito Paráclito que veio após a partida de Jesus, sendo também uma Pessoa, o
Divino Espírito Santo. Esta percepção só se dá de ser humano a ser humano e é
impossível ser traduzida em palavras, na verdade as palavras e os símbolos
atrapalham. Deus Pai e Deus Filho também se tornariam obsoletos se não houver
tal completude de consciência por parte de quem se volta para o divino. Na verdade, é o divino é que se abaixa para
que possamos nos elevar, e não o contrário. Por nossas meras forças, nada
conseguiríamos. “Nada podeis fazer sem mim” disse Jesus Cristo. A vinda do
iluminado possibilita nossa ascensão, mas é preciso que nos tornemos
devotos. Deus não tem necessidade
nenhuma de ser mestre, mas nós temos necessidade de sermos devotos, por assim
dizer.
Que
Deus olhe por todos nós e possa agir em favor de uma conspiração de consciência
que seja capaz de trazer iluminação a todos.
Amar a Deus acima de todas as coisas não é figura de retórica. É uma necessidade. Paz e luz.
Mauricio
Duarte (Divyam Anuragi)
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