quinta-feira, 3 de março de 2022

Heroísmo Filosófico e Conspiração de Consciência

Heroísmo Filosófico e Conspiração de Consciência





A Esteganografia como método de/para ocultar a existência de uma mensagem dentro de outra, uma forma de segurança por obscurantismo, data de 1499, concebida pelo Abade Johannes Trithemius.
O conceito por trás dessa técnica pode ser usado também para passar a mensagem que desejamos sem que pessoas não adequadas ou não iniciadas tenham acesso. Quando sabemos que muitos, hoje em dia, desprezam os caminhos de Deus, e do divino, fica claro o porquê de se ter o trabalho de fazê-lo. Mas há ainda o conceito puramente artístico e pedagógico, o de fazer a informação ser passada com esmero para aquela determinada pessoa que saberá dar continuidade à senda, ao caminho do sagrado. Estimular o jovem a pegar o bastão e continuar a correr. Isto porque as ciências humanas estão sob ataque constante da "mídia laica" (que não é laica, na verdade, é contra a espiritualidade real).
Nesse sentido, só um ato heroico poderia ser capaz de dar continuidade à causa da formação acadêmica antes da formação acadêmica propriamente dita. A base dos conhecimentos dos jovens anterior ao seu ingresso na Faculdade, na Universidade. Por isto tudo e, mais por afinidade de sensibilidade, recorro às Sete Leis Espirituais dos Super-Heróis, de autoria do pensador médico Deepak Chopra para correlacioná-las às Sete Artes Liberais e às sete análises e sínteses cognitivas e estéticas (criação minha). A imagem do homem contemporâneo de si mesmo é dúbia, subjetiva e débil. Não queremos com isto dizer que o homem de outros tempos era melhor, mas hoje, dispomos de uma tecnologia nunca antes utilizada. Com este nível de tecnologia, o nível de nossa consciência precisa estar acima, ou um pouco acima, desse nível tecnológico ou seremos engolidos por nossas próprias criações, seremos usados e manipulados pelas coisas e não usaremos ou manipularemos as coisas. Será – ou já é? – a coisificação do homem e da mulher, a coisificação da humanidade.
Na Idade Média (quando foram criadas as Universidades, a despeito de tudo que se possa dizer a respeito da “Época das Trevas”) utilizava-se o Trivium e o Quadrivium. A imagem que se tinha do conhecimento humano – cognitivo-ontológico – era muito mais amplo, muito mais abrangente, muito mais complexo, muito mais humano e... muito mais real, ou ao menos, muito mais próximo do real. Mas como? E nossos progressos científicos? Nossas conquistas? Nossas tecnologias? Perguntariam muitos ou a maioria das pessoas... Nossas conquistas tecnocientíficas, de direitos humanos, culturais e artísticas, bem como em vários outros níveis e áreas não nos tornaram mais humanos, mais irmãos, mais reais. Pelo contrário, a adoção desse modelo de separação, de dissecação dos conhecimentos em partes cada vez menores, cada vez mais específicas nos permite sim analisar tudo, mas perdemos a síntese, perdemos o pensamento complexo, conforme coloca Edgar Morin e outros pesquisadores.
A arte tem como premissa um pensamento englobado em várias áreas – até por isto, o termo usado desde astronomia até música, desde matemática até gramática em tempos antigos – e embora hoje em dia não se fale mais em “arte” no lugar de ciência, a arte, hoje reconhecida como contemporânea, atua e considera um amplo espectro de áreas do conhecimento humano. Portanto, tendo a Arte-enlevo e a Interface-enlevo como carros-chefes desse sistema de estudo, pretendo conferir um caráter humanista à esta pesquisa cognitiva, semiótica e existencialista. Sendo que o Índice-enlevo e Espiritualidade-enlevo - juntamente com as duas primeiras já citadas - compõem o Enlevo Perceptivo ou Conspiração de Consciência em analogia com o Quadrivium. E, por fim, a Docência-ascensão, a Estética-ascensão e a Esoterologia-ascensão compondo a Ascensão Perceptiva ou Heroísmo Filosófico em analogia com o Trivium.
Desse modo, é importante salientar que não tenciono criar códigos intricados para serem descobertos (ou não). Tenciono sim, criar um contexto para o estudo das Sete Artes Liberais, de forma séria e consistente pelo jovem que pretende ingressar nos seus estudos da Universidade em Ciências Humanas.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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