domingo, 3 de novembro de 2013

Voto obrigatório e liberdade


             
                A liberdade é liberdade ou é apenas uma palavra vazia de significado para o homem contemporâneo? Porque o significado é intrincado...  Liberdade significa estar em consonância com a própria consciência, respeitando-a, bem como à consciência dos seus semelhantes.  Significa viver plenamente com amplo convívio dos direitos e deveres de cada um e de todos.
                Porque eu não consigo achar normal que alguém me convença que votar é obrigatório?  Porque não é normal... Nos países com um mínimo de democracia consolidada não é obrigatório... Mas nós não temos “uma democracia consolidada”... dirão alguns... E quando teremos?  Quando a liberdade de ir e vir for privilégio de uma minoria?  Quando voltarmos à ditadura militar?  Não, nós já teríamos que ter essa ideia e esse planejamento arraigado às nossas consciências de cidadãos desde já.
                A liberdade é liberdade ou apenas uma reivindicação?    O que seremos, como povo (que tem identidade e que é diferente de massa que não a tem) irá depender de nossas ações e de nossas opiniões para além de uma falácia como aquela de que o povo deve ser guiado pelas mãos para que possa exercer sua cidadania.  Um povo que é digno não teme desbravar caminhos nunca dantes desbravados, como fizeram os portugueses a se lançar ao oceano para descobrir novas terras.  Mas dizer que esses caminhos nunca foram trilhados é também outra falácia.  O voto é livre nos EUA, por exemplo, há muito tempo.
                O que desejamos para nossos filhos?  Uma mentira descarada (e escarrada pelas elites) de que somos uma democracia quando nem chegamos a nos mostrar como nação.  Ou preferiremos uma verdade, ainda que imperfeita e carente de correções pelas futuras gerações?  Há que pensar em acabar com essa instituição da escravidão: o voto obrigatório. 
                Dessa decisão dependerá a nossa identidade brasileira como povo.  E nos tornará ligados à democracia como um todo da humanidade planetária.  Ou não seremos nada e continuaremos a fazer nossas futuras gerações a serem um grande nada também.  E sem liberdade.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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