sábado, 8 de novembro de 2014

Sempre

Sempre

Cecília...
sempre Cecília
Meireles, é certo.
Até nos momentos
ruins ou, talvez sim,
por causa deles.

Como nos olhos de
opala do homem
pobre que, tão pobre,
parecia divino.
E que, tão antigo,
parecia menos
mortal, parecia
imortal na sua
pobreza de homem
vivo, existente.
Mas sendo imóvel,
só a testemunha
da sua pobreza.

Cecília...
sempre Cecília
Meireles, é certo.
Até nos momentos
ruins ou, talvez sim,
por causa deles.

(Homenagem à Cecília Meireles e ao seu poema Pobreza)


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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