Arte-enlevo . artes visuais
Linhas, cores,
formas, pontos, tudo que envolve uma composição de artes visuais precisa,
necessita, requer, pede um porquê; não só um significado, mas um porquê. Não estou com isto querendo valorizar o
império do funcionalismo ou da funcionalidade...
Não, longe disso. O porquê
estético é tão bom – ou até melhor, na maioria das vezes ou em grande parte das
vezes – do que o porquê funcional quando se trata de arte.
Como uma linha
será: sinuosa, reta, grossa, fina, leve, pesada, rápida, lenta, elétrica,
serena, são todas questões também de suma importância para o artista que se
debruça sobre sua obra.
Significado e
significante estão entrelaçados insofismavelmente, mesmo que não nos reportemos
à semiótica. A composição, seja ela qual
for, possui forças que guiam o olhar do observador, de dentro para fora, de
fora para dentro, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, no
sentido horário, no sentido anti-horário.
Em n direções. Contrastes e
semelhanças, proximidade e distância influenciam essa trajetória da visão. E para que esse caminho visual possa se dar
com mais ou menos autenticidade, com mais ou menos beleza, com mais ou menos
força, o significante necessita ter relação direta com o significado. No design gráfico, o conceito: forma e
conteúdo. Nas artes plásticas, a expressividade: fatura e poética.
Nesse sentido,
pesquisar as artes visuais pressupõe um olhar direcionado e atento ao que
queremos, desejamos ou ansiamos como artistas para que não nos contentemos com
o início ou o meio da jornada, mas cheguemos ao seu final para completar nossa
visão autoral de forma plena.
Mauricio
Duarte (Divyam Anuragi)
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