sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Dois incensários dadaístas, repercussões e ressonâncias





Dois incensários dadaístas, repercussões e ressonâncias

1. Anuraghi, QUE NÃO ERA AINDA ANURAGHI, se valeu de dois incensos acesos e marcou sua mão esquerda (braço esquerdo, MEU braço esquerdo) para lembrar-se que é de esquerda. Mas se é de esquerda, porque precisava se lembrar? E se isto é o que um esquerdista faz (automutilação), ser de esquerda não serve para Anuraghi, não é mesmo? Automutilação é próximo (OU BEM PRÓXIMO) de suicídio ou de tentativa de suicídio, não é mesmo? Isto é perigoso... Anuraghi está em risco. Mas se Anuraghi fosse rico, seria uma performance, um happening e ele seria apenas excêntrico, não é mesmo? Mas Anuraghi é pobre, um pobre de merda. É apenas doença mental. Anuraghi tem que tomar remedinhos. Pobre Anuraghi.

2. Anuraghi, QUE JÁ ERA ANURAGHI, escreve vários contos.

3. Anuraghi, QUE JÁ ERA ANURAGHI, faz o design da capa do livro com a imagem dos dois incensários dadaístas em profusão.

4. Anuraghi, QUE JÁ ERA ANURAGHI, publica um livro em self publishing sob demanda e causa furor na plataforma de autopublicação.

5. Pobre Anuraghi, não sabe o que é performance, não sabe o que é nada. Anuraghi é só um pobre, com doença mental.

6. Anuraghi, QUE SEMPRE FOI ANURAGHI, transcende a doença mental e se torna escritor, artista e poeta.

7. Anuraghi, QUE SEMPRE FOI ANURAGHI, agora possui consciência do seu valor e não tem que dar satisfações de sua vida a ninguém. Anuraghi é um artista renomado, acadêmico e com respaldo em sua cidade.

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