“Morte falsa”
“Humilde, terno, numa tumba encantadora,
No monumento insensível,
Tanto de sombras, de abandonos, e de amores desperdiçados,
Que já se fazem em sua graça cansada,
Eu morro, eu morro em você, me caio e eu caio,
Mas dificilmente fico abatido embaixo do sepulcro,
Do qual a extensão das cinzas me convidam fundir-me,
Este óbvio morto, desses que ainda voltam a vida,
Tremores, dos olhos ativos, iluminados que mordam,
E sempre puxando-me para uma nova morte
Mais preciosa que vida.”
No monumento insensível,
Tanto de sombras, de abandonos, e de amores desperdiçados,
Que já se fazem em sua graça cansada,
Eu morro, eu morro em você, me caio e eu caio,
Mas dificilmente fico abatido embaixo do sepulcro,
Do qual a extensão das cinzas me convidam fundir-me,
Este óbvio morto, desses que ainda voltam a vida,
Tremores, dos olhos ativos, iluminados que mordam,
E sempre puxando-me para uma nova morte
Mais preciosa que vida.”
Paul Valéry
(Paul Valéry, em "Charmes". 1922 . tradução Eric Ponty)
Imagem: Jesus no sepulcro - Jésus au tombeau - Jesus in the tomb . Henner, Jean-Jacques . Óleo sobre tela | (1879) .
Musée d'Orsay | Paris - França . Dimensões da obra: 71 x 198 cm
Musée d'Orsay | Paris - França . Dimensões da obra: 71 x 198 cm
Visite a página da escritora, poetisa e palestrante Bartira Mendes . RESPIRANDO POESIA . https://www.facebook.com/bartiramendesrespirandopoesia/
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