quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

“NÃO HÁ CISNE TÃO BELO”





“NÃO HÁ CISNE TÃO BELO”

“Não há água tão quieta como as
fontes mortas de Versalhes”. Nem cisne tão
belo, esguio olhar cego de esguelha
e pernas gondoleantes, como
esse de porcelana com olhos foscos
de fauno e um colar auridenteado
para testificar de quem foi esta ave.

“Encastoado numa árvore-candelabro
Luis XV com botões em flor
cor de cristal-de-galo, dálias,
ouriços do mar e semprevivas,
pousa em galhos de espuma, horto
de esculturadas e polidas
flores — altivo e plácido. O rei está morto.”

Marianne Moore

(Marianne Moore . tradução Augusto de Campos . in ZUNÁI – Revista de poesia & debates - 2003 – 2009)

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