Às vezes
Às vezes sim,
às vezes não.
Às vezes sinto uma lassidão feérica
que me leva a alcançar as realezas da vida,
entre o sonhar e o transe.
Às vezes não.
Às vezes experimento uma dor prazerosa
que traz arroubos de nobres sentimentos,
estabelecidos em mim com ardor.
Às vezes sim.
Às vezes me emociono com sophrosyne de rei
e vejo tanto
o pior quanto o melhor,
numa excitação sem par.
Às vezes não.
Às vezes não tenho nada disso.
É quando me recolho e sigo o meu coração
a fim de caminhar na verdade.
Às vezes sim,
às vezes não.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Somos assim. Aplausos, bela poesia. Abraços.
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