sábado, 25 de abril de 2015

quinta-feira, 23 de abril de 2015

OS ARCANOS




Recebi hoje o primeiro exemplar do livro OS ARCANOS, romance de minha autoria. Disponível para venda com desconto de 20% até o dia 24/04/2014, até amanhã, no Clube de Autores por apenas
R$ 37,35.

Romance que narra um dia da vida do caminhante Nonato Cardoso dos Santos em Juazeiro do Norte na celebração de Nossa Senhora das Candeias. Nesse dia Nonato descobrirá que pode ser mais do que um devoto, pode alcançar a santidade. Por qual meios e por quais caminhos isso acontecerá é o tema da aventura do viajante que deixou família com mulher e filho em Exu para viver a sua devoção por Jesus Cristo, Deus e o Espírito Santo.

Categorias: Realismo Fantástico, Literatura Nacional, Ficção e Romance
Palavras-chave: espiritualidade, místico, oculto, romance

Número de páginas: 158

Edição: 1(2015)

Formato: A5 148x210

Coloração: Preto e branco

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g

http://www.clubedeautores.com.br/book/183924--Os_arcanos

Entre em contato comigo e eu envio um exemplar autografado especialmente para vc. Abraços.

Destino ou engano?



Destino ou engano?

I
Talvez eu fosse feliz
e não sabia, será?

O destino foi cruel
ou foi apenas maná?

Talvez tudo fosse só
força de expressão, não?

Maná que antecede
o fim, tão triste o pão.


II
Estivemos todos a
lamentar, que lamento...

Estivemos todos a
chorar, que tal momento

não nos tire a dor que
aflige o poeta,

fingindo sentir a dor
que deveras afeta.

Pelo menos, o nosso
destino assim nos faz.

Um incomensurável,
um grande e contumaz...


III

Destino o seu, nosso
destino, todos, pois.

Teremos sido então,
um engano, nós dois?

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Corpo e mente: sã?



Corpo e mente: sã?

Os cinco corpos nos mostram as gradações da vida em nossos corpos físico, vital, mental, da inteligência e da consciência, além do Eu Superior, o Atman.  Constituem o todo da nossa existência como seres humanos e divinos por natureza.
CORPO MENTE SÃ
MENTE SÃ CORPO
SÃ MENTE CORPO
MENTE CORPO SÃ
SÃ CORPO MENTE
CORPO SÃ MENTE
Porque será que não engulo essa conversa de ter que superar o ego para me desenvolver espiritualmente, me espiritualizar?  Talvez seja porque minha mente teima em existir como entidade controladora de tudo na minha existência.  Ou porque o café da manhã não faz sentido sem café.  Forçar um estrangulamento do ego é como passar um camelo pela agulha.
O certo é que quase sempre tento perceber significados ocultos nos números de arquivos removidos do programa de limpeza no meu computador.  E isso é sistemático.  Mente podre...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

As cartas estão dadas



As cartas estão dadas

Sabe quantos concertos de orquestras reais já tocaram na rádio do governo de esquerda?  Muitas...  Duas coisas obsoletas e ultrapassadas que se merecem, diriam alguns.  Mas não é assim.  Os concertos de orquestras reais tem o seu valor.  Eu não entendo nada de música clássica; nem que quisesse eu poderia argumentar sobre as virtudes de uma orquestra real.  As rádios do governo de esquerda também tem o seu valor.  Eu não entendo, da mesma forma, nada sobre rádio ou governos de esquerda e não saberia discorrer sobre esses assuntos.
Porém já passou muita água por debaixo da ponte. E até nobres já abdicaram da nobreza para tornarem-se revolucionários de esquerda.  Porque então uma rádio do governo de esquerda deixaria de lado a sua programação de música clássica só porque as orquestras são reais?  Esse, na verdade, é um pseudo-problema.  Uma espécie de blefe do jogador de cartas ou mesmo da banca.
Os jogadores são os que querem a mudança do que está aí no cenário político mundial. Os que não querem mudança nenhuma do que está aí no cenário político mundial também são jogadores.  Cada um de um lado.  Já os que se julgam neutros, os que dão as cartas, são meros empregados da banca.
E as cartas?  As cartas são nossas vergonhas, frustrações e desesperanças frente à toda injustiça, à toda violência, à toda guerra, à toda fome e à toda  incompreensão no mundo.  As cartas estão dadas.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

Santo Agostinho



Santo Agostinho

                Em Agostinho nós temos a teologia atanasiana na sua forma ocidental como estamos acostumados a ouvir nos formulários dogmáticos da igreja.  Mas Agostinho não é um mero dogmático.  Ele tem o verdadeiro espírito da filosofia e, ainda, abertamente, confessa a influência de Platão e dos neoplatonistas.  Ele positivamente não nega todos os atributos à divindade nem como alguns gregos, coloca a Cabeça de Deus acima da Trindade, mas faz todos os atributos em Deus sendo os mesmos da Trindade.  Sua sabedoria, sua verdade, sua justiça, seu ser é todo um.  Isso também significa que não podemos atribuir características para descrever Deus ou que se ele tem alguma característica, nele, essa característica de alguma forma transcende as concepções humanas.  Nos seus livros sobre a Trindade, Agostinho realmente faz Deus inteiramente transcender os pensamentos do homem e considera a Trindade como  um esforço para tornar um útero o que nós não podemos expressar completamente.  “A supremacia” ele diz, “da Cabeça de Deus sobrepõe-se ao poder do discurso ordinário; para Deus ela é mais verdadeiramente pensamento do que ele é gerado e existe mais verdadeiramente do que ele é pensado.” Deus não é propriamente uma pessoa, mas cada uma das três pessoas é considerada como verdadeiramente e completamente Deus.  O mundo foi criado fora do nada e Deus é chamado de a substância criativa, difundida em todo lugar.  Mas para a contínua presença de Deus, a criação cessaria de existir.  Agostinho endossa a distinção platônica entre eternidade e tempo.  Ele não admite períodos  ilimitados de duração antes da criação. A Eternidade É, mas o tempo pertence àquilo que é sujeito à mudança.  O mesmo para o espaço, que é meramente, o lugar das coisas criadas.  Toda a criação é boa, tudo em seu tipo e em sua gradação é perfeito.  O mal como algo positivo não existe.  Ele é apenas a privação do bem, a vontade do ser ou o produto do não-ser que é o oposto verdadeiro de Deus.  O bem absoluto é possível, mas o mal absoluto é impossível.  As ideias filosóficas espalham-se pelos escritos de Agostinho e, na maior parte, emprestadas dos plantonistas, poderiam ser uma boa fundamentação para uma doutrina panteísta, mas estão guardadas para aceitação da teologia dogmática sancionada pela igreja.

Livre tradução do livro Pantheism and Christianity de John Hunt, 1884 . capítulo VI . a igreja . Santo Agostinho.

Todos os textos traduzidos por mim: https://sites.google.com/site/pantheismandchristianity/

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Liberdade espiritual



Liberdade espiritual

                Existe uma liberdade espiritual?  Existe o que se pode chamar de independência dos ditames, dogmas, crenças e doutrinas de religiões institucionalizadas e, ao mesmo tempo, uma ligação, uma sintonia fina com a existência, com o Todo, com o Universo?  O esoterismo advoga esse direito e disponibiliza métodos, conceitos e práticas para que se realize tal intento.  Mas é verdade, também, que mesmo as assim chamadas fraternidades, ordens e sociedades esotéricas, espiritualistas e místicas guardam, em si, um acúmulo de material teórico que, se não é de todo supérfluo, pelo menos, 99% sim, totalmente superficial, descartável e sem valor para a espiritualidade prática, real.
                Alguém pode, desse modo, declarar “tenho um lado espiritual independente de religiões” como muitos o fazem na falta de algo concreto com que expressar sua preferência e/ou caminho espiritual?  Pode, claro.  Mas e a seguir?  O que fazer para poder florescer esse lado?
                Depois de milênios dentro de sistemas opressores que regulavam a fé e a espiritualidade, temos uma nova era resplandecendo no horizonte da humanidade.  O Estado tornou-se laico, na maioria das partes do globo, garantindo o direito de livre escolha para professar a fé aos seus cidadãos.  Mas até que ponto essa liberdade é efetiva?
                Vemos hoje o perigo do fanatismo beirar às raias do absurdo ou mesmo chafurdar na lama do absurdo mesmo com o Estado Islâmico, a Al-Qaeda, o Boko Haram, o Hezbollah e a Jihad Islâmica.  Essas organizações terroristas influenciam centenas de milhares  de pessoas das mais variadas classes econômicas, recrutando até lobos solitários para suas ações em favor da causa.
                Mas esse fenômeno, na verdade, é apenas um sintoma de uma doença maior e muito mais complexa.  A doença, segundo alguns analistas religiosos ultra-ortodoxos e segundo os próprios fanáticos é a secularização das sociedades.  Porém se isso fosse verdade, as populações da Índia e do Paquistão, por exemplo e de outros países ”menos secularizados” não sofreriam com violência, guerras, crime e... fanatismo.  Como é o caso dos Sikhis na Índia e dos talibãs no Paquistão.
                Não, a liberdade espiritual é algo mais amplo e seu espectro delimita um todo que vai da laicidade do Estado até comportamentos culturais e de tradição.  Isso para citar apenas certas questões relativas à essa problemática. A verdade é que a maior parte da humanidade dorme um sonho de ilusão e está fragmentada, sem raízes.  Essa é a doença maior.
                Porque o subjetivo do indivíduo não pode, de maneira nenhuma, ser abarcado por uma religião institucionalizada.  Esses “bastiões da fé” tem mais com o que se preocupar: a conformidade e à sujeição das sociedades ao status quo e à normalidade ou ao que se convencionou como normal.  O indivíduo é esmagado por todas essas diretivas da igreja e, a rigor, não entra nas pautas de sacerdotes e clérigos, a não ser para ser chamado de ovelha, sendo menos do que um ser humano, basicamente.
                As ordens iniciáticas, juntamente com as fraternidades e sociedades ditas esotéricas vão além e tentam trazer o indivíduo à sanidade espiritual.  Mas seus esforços esbarram nas muitas hierarquias, degraus e graus que o adepto precisa alcançar antes de realmente ser levado à sério.  Pré-condição que o enreda tanto na teia dessas organizações que suas opiniões sofrem lavagem cerebral.  Sem falar que a tradição, a corrente espiritual do mestre ao discípulo só pode ser passada em silêncio, olho no olho e diretamente.  Por mais boa vontade, método e contextualização que tenham, não podem passar o que uma Escola de Mistérios passava aos seus neófitos na Antiguidade.
                A liberdade espiritual, desse modo, é impossível?  Eu não diria isso mas antes diria que a verdadeira liberdade constitui-se de amor divino.  Esse amor que só uma mãe e um pai possuem pelo seu filho.  Quando o devoto sente a Abóbada Celestial grávida da vida que pulsa nos recônditos das galáxias, nebulosas, quasares, buracos negros e constelações de todas as partes do cosmo, só assim, essa pessoa pode dizer: Sou filho do Universo. 
                A liberdade espiritual é, a um só tempo, redenção do espírito humano e transcendência da vida terrena e só pode ser alcançada quando sentimo-nos irmanados ao Todo da humanidade, bem como ao Todo da natureza na iluminação.  Nosso destino final como seres humanos legitimamente divinos que somos.  Paz e luz.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)