Jovens velhos
Jovens de ontem,
o ontem de velhos.
Velhos de hoje,
o hoje de jovens.
Ou vice-versa?
Quem sabe?
Jovens numa juventude,
de cadavéricos ares,
pelo todo anseiam
e singram pelos mares.
Mas não alcançam
seu objetivo, não, em tempo algum.
Porque essa é a sina
de todo vivente, triste lundum.
São tão novos
e fazem tudo parecer tão velho.
São anciões, em verdade,
mais antigos do que um escaravelho.
Jovens, jovens,
Logo mortos-vivos serão.
Na última jornada da barca de Caronte,
porque jovens velhos são.
Jovens de ontem,
o ontem de velhos.
Velhos de hoje,
o hoje de jovens.
Ou vice-versa?
Quem sabe?
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
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