terça-feira, 22 de novembro de 2016

A fé e a poesia



A fé e a poesia

Estreito de fé
é a minha letra
de poeta destemido:
Ao mesmo tempo que
limita, amplia, porque
o curto, por assim ser, só pode
sê-lo, se algo nele suplanta
e alcança píncaros
ou grandes profundidades...

Externo de fé
é a minha palavra
de poeta destruído:
Ao mesmo tempo que
enfoca num determinado
modus operandi, também
descentraliza em busca
de novos horizontes,
veredas por descobrir...

Extremo de fé
é o meu verso
de poeta desmedido:
Ao mesmo tempo que
cria uma delimitação,
tornar-se agigantado,
não por seu valor, talvez, mas
por sua insistência;
continuar, continuar, sempre...


Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

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