O destino quis assim
O karma disse, segundo a cigana,
o dharma me fez caminhar,
mas o crepúsculo da tarde
não me trouxe esclarecimento...
São tristes essas papoulas
desabrochando fora da estação
e a religião, ópio daquele tempo,
afirmara: escolhe o caminho...
Caminho viciado de dor,
pelo qual passaram tantos.
Os filhos da luz e das trevas,
ambos em consonância...
É verdade que nada pode
desviar o manto da sombra
quando se abateu sobre alguém,
a menos que esse tal estivesse na luz...
Mas não há sombra sem luz
e é preciso muita iluminação
para formar sombras compactas
que, porém, nunca tiveram profundidade...
A moça sorriu para mim
e eu fiquei feliz, sem saber,
nem deixar de saber, mas certo
de que o destino quis assim...
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
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